Com previsão de chuva e vento, Proteção Civil deixa alertas e conselhos

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A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) partilhou, este sábado, vários conselhos para fazer frente à forte precipitação e vento que se deverá fazer sentir em Portugal continental nos próximos dias.

Em comunicado, citando o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a Proteção Civil começa por alertar para as previsões de "precipitação, em especial nas regiões Norte e Centro, por vezes forte, e vento, a predominar de su-sudoeste, por vezes forte na faixa costeira a norte do Cabo da Roca e nas terras altas, com rajadas até 70 km/h", que se deverão fazer sentir nos próximos dias.

"Atenção especial às zonas historicamente identificadas como vulneráveis a inundações, em particular nas zonas afetadas pelos incêndios e em bacias hidrográficas não regularizadas e de rápido escoamento", lê-se na nota, onde se alerta ainda para a possibilidade de ocorrerem "dificuldades de escoamento causadas por obstruções da rede pluvial e/ou de linhas de água que podem dar origem a constrangimentos locais".

É neste âmbito que a Proteção Civil recomenda a adoção das principais medidas preventivas para estas situações, nomeadamente:

Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas; Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas; Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte; Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias; Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas; Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.

Estas sugestões devem ser seguidas com especial atenção "nas zonas historicamente mais vulneráveis, e nas áreas afetadas pelos incêndios rurais, que ficaram sem coberto vegetal e com cinza acumulada à superfície, que funciona como uma matéria impermeável, mais expostas e vulneráveis à precipitação".

Efeitos expectáveis do mau tempo

Na mesma missiva informativa, a Proteção Civil explicita também os efeitos expectáveis destes episódios "típicos das estações de transição".

Com a ocorrência das primeiras chuvas, estes episódios são propícios:

À ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento; A ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras; A originar instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo; À contaminação de fontes de água potável por inertes resultantes de incêndios rurais; Ao arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública.

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