Comissão alerta para risco de interferência nas eleições britânicas

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A presidente da comissão parlamentar sobre a segurança nacional, Margaret Beckett, refere, numa carta tornada pública, a existência, nos últimos anos, de "tentativas de interferência estrangeira por parte de países como a China, a Rússia, o Irão e a Coreia do Norte".

A deputada trabalhista recordou as conclusões dos serviços de segurança, que consideraram "quase certo" que a Rússia tentou influenciar as últimas eleições legislativas de 2019, e que acreditam que a China está a tentar influenciar processos eleitorais fora das suas fronteiras.

"Acreditamos que o Reino Unido deve estar preparado para a possibilidade de interferência estrangeira durante as eleições gerais de 04 de julho", escreveu a parlamentar, pedindo ao governo que reúna os partidos políticos, serviços de segurança e autoridades responsáveis pela organização das eleições para identificar possíveis medidas de proteção a adotar.

Na sua carta, Beckett, antiga ministra dos Negócios Estrangeiros no governo de Tony Blair, refere que a interferência pode assumir a forma de ciberataques, chantagem, desinformação em linha, incluindo através de "deepfakes", e tentativas de amplificar as divisões sobre questões controversas.

O relatório recomenda uma melhor formação do público para identificar a desinformação e garantir a segurança dos representantes eleitos.

O aviso acontece após terem sido divulgados vários casos de espionagem no Reino Unido envolvendo a China e a Rússia.

Recentemente, o Governo britânico acusou o Estado chinês de envolvimento em de ciberataques contra deputados britânicos críticos de Pequim, enquanto a Comissão Eleitoral anunciou, em agosto de 2023, ter sido vítima de um ciberataque por parte de "atores hostis" não identificados que tiveram acesso ao sistema durante mais de um ano.

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