Comissão Europeia acusa Eurovisão de “dar a vitória aos inimigos da Europa” ao proibir bandeiras

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O vice-presidente da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, criticou duramente a União Europeia de Radiodifusão (UER) por não ter permitido a entrada de bandeiras de países não representados na final do Festival da Eurovisão na Arena de Malmö, na Suécia, onde teve lugar o concurso.

Em declarações ao website “Politico”, Schinas descreveu esta proibição como “incompreensível”, especialmente tendo em conta que, no próximo dia 9 de junho, terão lugar as eleições europeias.

“Não encontro uma explicação lógica para isto”, desabafou. “Quem ganha com a proibição da bandeira da União Europeia da Eurovisão? Só quem é eurocéptico e quem é inimigo da Europa”.

Um porta-voz da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ecoou estas críticas, descrevendo o incidente como lamentável. Por sua vez, a UER afirmou que esta é uma proibição que já tinha estado em vigor em 2023.

O Festival da Eurovisão 2024 foi vencido por Nemo, concorrente da Suíça, com a canção ‘The Code’. Em conferência de imprensa realizada após a final, Nemo explica que a UER proibiu a exibição da bandeira representativa da população não-binária. “Tive de a surripiar lá para dentro”, contou.

Nemo, que partiu o troféu logo após saber que venceu o concurso, deixou também críticas à UER: “Talvez também ela precise de um arranjo”.

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