Competência de início ao fim

O Sporting mostrou competência que baste para evitar surpresas diante da surpresa do campeonato. Os leões venceram o Moreirense por 0-2, com golos de Morita e Pedro Gonçalves, e juntam-se ao Benfica na liderança da Primeira Liga. 

Morita mostrou as garras do leão logo aos dois minutos, catapultando a equipa para uma exibição de domínio completo, sem dar azo a chances dos Cónegos. Pedro Gonçalves aumentou e fechou as contas, num jogo em que o resultado parece escasso, dado o volume que a equipa de Alvalade imprimiu durante grande parte do encontro.

Rolo compressor começou desde cedo

A surpresa recebeu a certeza, num terreno onde FC Porto e SC Braga passaram dificuldades, e o SL Benfica não passou de um empate a zeros. Apesar de todos os fatores que tornavam Moreira de Cónegos uma deslocação difícil para os leões, a resistência dos cónegos não durou mais de dois minutos. Nuno Santos bateu canto à direita, Kewin saiu em falso e Morita, sem muita oposição, inaugurou o marcador. 

O golo madrugador inibiu os cónegos de subir e aumentou os níveis anímicos leoninos. O resultado? Uma clara avalanche ofensiva do Sporting. Geny - por duas vezes - e Trincão testaram Kewin, que se redimiu do erro no golo. Depois de tanta insistência, lá chegou o segundo. Combinação de luxo entre Geny e Trincão, que culminou com o português a cruzar atrasado para Pedro Gonçalves, que assinalou o seu oitavo tento no campeonato.

A incapacidade do Moreirense passava muito pelo meio-campo e deixava o Sporting jogar à vontade. Ismael e Franco estiveram muito largos e, juntando isso à falta de apoio defensivo de Alanzinho e ao aparecimento de Pote como terceiro médio, as aspirações dos minhotos na partida iam-se desvanecendo. 

Até ao fim do primeiro tempo, o resultado não se alterou mas o Sporting continuou com bastante caudal atacante. Gyokeres arrancou da esquerda por duas vezes, mas a defesa do Moreirense aliviou o perigo, e Nuno Santos atirou rasteiro ao poste. Do lado da casa, nenhuma ação sequer dentro da área leonina. 

Ao intervalo, havia flashbacks da goleada em Vizela e o resultado poderia ser mais avolumado, tal o volume ofensivo dos forasteiros.

Gerir a controlar

O começo do segundo tempo poderia ser fotocópia do primeiro, mas uma bandeira levantada evitou o terceiro leonino. Pedro Gonçalves, com a canhota, atirou ao poste, Trincão emendou para o fundo das redes mas havia posição irregular. Geny, dos mais desiquilibradores dos verde e brancos, tentou novamente da direita para dentro, mas o remate saiu por cima. 

Com o andar do cronómetro para a frente, o ritmo foi baixando significativamente. O Moreirense atreveu-se a subir no terreno, mas foi fogo de vista e o perigo nunca chegou a bafejar Adán. O Sporting foi descansando com bola, com um jogo mais vagaroso e algo sonolento, que Gyokeres tentou contrariar com uma arrancada formidável, que apenas terminou com defesa de Kewin. 

Até ao final, gestão do Sporting até aos três pontos, inteiramente merecidos pelos leões. Trincão ainda se isolou, mas Kewin voltou a levar a melhor e o resultado não mais se alterou.