A confederação enviou uma carta ao ministro e à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para expressar a sua preocupação com os timmings de implementação do Regulamento Anti-Desflorestação, que poderá causar prejuízos a todos os envolvidos nas cadeias de produção.
A Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (CONFAGRI) enviou uma carta ao ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, a apelar que este seja uma voz “ativa e defensora da extrema necessidade de refletir sobre o timing da implementação do Regulamento Anti-Desflorestação”.
A carta foi também dirigida à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, referindo que, se o regulamento for aplicado nos prazos estipulados, a partir de 30 de dezembro de 2024, pode causar prejuízos a todos os envolvidos nas cadeias de produção.
O presidente da CONFAGRI, Idalino Leão, salienta que os constantes atrasos da Comissão Europeia em disponibilizar orientações específicas e em entregar uma plataforma de submissão de dados de rastreabilidade, fazem com que se chegue ao dia da aplicação sem se ter alcançado “uma transição pensada, equilibrada e razoável que não cause impactos negativos na produção nacional e em toda a cadeia de valor”.
Perante esta situação, a confederação envia a carta ao ministro apelando para que este expresse “a preocupação dos portugueses” na próxima reunião do Conselho de Ministros de Agricultura da UE.
Com estas cartas, a CONFAGRI pretende expor as suas preocupações com o regulamento assim como garantir que as preocupações são “ouvidas a nível europeu”.
“Se vamos continuar a adotar medidas europeias, é essencial não só realizar estudos de impacto que analisem os efeitos das mesmas, mas sobretudo adaptar estas medidas às realidades dos produtores e indústrias de cada estado-membro e prepará-los, com tempo e minúcia, para estas transições”, refere Idalino Leão.
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