O seu mais recente estudo “The Importance of Effective Boards”, que teve como base a auscultação de 117 Chairs, CEOs e Administradores nacionais, de 12 setores de atividade, permitindo assim avaliar a Eficácia dos Conselhos de Administração em Portugal, tendo em conta as perspetivas dos Administradores Executivos e Não-Executivos.
A Odgers Berndtson Board Solutions lançou um estudo sobre a importância de Boards eficazes.
Trata-se do 1º Board Effectiveness efetuado em Portugal que teve como base a auscultação de 117 Chairman, CEO e Administradores nacionais, de 12 setores de atividades diferentes, “permitindo assim avaliar a Eficácia dos Conselhos de Administração em Portugal, tendo em conta as perspetivas dos Administradores Executivos e Não-Executivos”.
Estes estudos indicam que a eficácia dos Conselhos de Administração está diretamente ligada ao desempenho organizacional, “sendo este um tema que tem vindo cada vez mais a ganhar relevância dado os desafios futuros que se colocam”.
As conclusões do estudo “The Importance of Effective Boards” trazem insights interessantes sobre eficácia dos Boards em Portugal.
Após reunir informação junto de algumas das maiores empresas a operar em Portugal, nomeadamente empresas cotadas no PSI, o Board Effectiveness permitiu concluir que “a eficácia dos Conselhos de Administração é um tema importante e está a tornar-se ainda mais relevante tendo em conta os desafios futuros que se colocam e que 82% dos inquiridos afirmam que o papel dos Boards vai ser cada vez maior no futuro, dados os desafios estratégicos das suas organizações”.
No entanto, apenas 19% dos Conselhos de Administração estão a funcionar com elevados níveis de eficácia, conclui a Odgers Berndtson Board Solutions.
A eficácia dos Conselhos de Administração está diretamente ligada ao desempenho organizacional, com as organizações de elevado desempenho a registarem uma eficácia 41% superior à das organizações abaixo da média, é outra das conclusões.
A Odgers Berndtson Board Solutions diz que existe um consenso sobre o papel e propósito do Conselho de Administração. No entanto, a maioria das empresas não tem processos formais que suportem essas aspirações.
Os Conselhos de Administração estão a investir cada vez mais em tópicos relacionados com as pessoas (avaliação, pesquisa, governance), no entanto, 51% ainda não têm processos de avaliação formais, conclui o estudo.
“Não existe uma solução única para a eficácia do Conselho de Administração: existem exemplos de boas práticas em vários setores, dimensões e estruturas de empresas”, acrescenta.
“Este estudo apresenta um retrato revelador da eficácia dos Conselhos de Administração em Portugal. Embora apenas 19% dos Boards estejam a operar no auge da sua eficácia, há uma notável prontidão percebida para enfrentar os desafios futuros”, revela Nuno Fernandes, Managing Partner da consultora no comunicado.
“A correlação direta entre a eficácia dos Conselhos de Administração e o desempenho organizacional destaca a importância crítica de uma liderança sólida. A nossa mensagem é clara: aprimorar a eficácia dos Conselhos de Administração é uma jornada vital para enfrentar os desafios estratégicos de futuro das organizações. À medida que os Boards se preparam para o futuro, a constante procura por melhores práticas, e a implementação de processos formais, serão essenciais para uma governança sólida e adaptável”, explica Nuno Fernandes, Managing Partner Odgers Berndtson Board Solutions.
Os temas mais relevantes na agenda do Conselho de Administração para o futuro são a Sustentabilidade, Digitalização e Transformação Cultural.
O estudo alerta ainda que negligenciar tópicos na agenda estratégica representa riscos substanciais, com apenas 23,9% dos Conselhos de Administração a considerarem-se totalmente preparados.
Embora os Conselhos de Administração revelem ter uma visão clara sobre o futuro e promovam continuamente a inovação, novos desafios estão a emergir na sua agenda, defende a consultora.
No top 3 estão a Sustentabilidade, a Digitalização e a Transformação Cultural.
A Odgers Berndtson Board Solutions identifica áreas prioritárias de melhoria. A saber: Pessoas – Profissionalização do recrutamento de administradores, Gestão da sucessão, Compensação.
O estudo destaca que, embora os Conselhos de Administração expressem satisfação geral com a sua eficácia média de 71/100, há áreas que exigem “maior atenção para o futuro”, nomeadamente ao nível dos temas relacionados com a dimensão “Pessoas e Competências”, mais especificamente a profissionalização do recrutamento dos melhores administradores, a gestão da sucessão, a promoção da diversidade e a adequação dos modelos de compensação.
Desafios para 2024
“Sabendo os desafios que são esperados e que já foram identificados, o ano de 2024 traz consigo uma necessidade de equilibrar e desenvolver Conselhos de Administração com foco naquilo que já fazem de bem, mas também olhando para o futuro e para o que será necessário amanhã”, revela o estudo.
A Odgers Berndtson Board Solutions, empresa do Grupo Odgers Berndtson Portugal na área de Boards e Corporate Governance, diz que 82% dos participantes acreditam que os Conselhos de Administração serão mais relevantes do que atualmente para o sucesso das organizações, “o que significa que a sua eficácia é um tema que deve ser objeto de uma análise mais cuidadosa, envolvendo a necessidade de um trabalho profissional e independente”.
Outra constatação é que os Conselhos de Administração precisam de processos formais – avaliação, pesquisa, compensação – numa base regular, uma vez que apenas 32% possuem sistemas de monitorização e controlo que asseguram a consistência dos resultados.
É necessário capital para o crescimento e um bom Governance é fundamental para os investidores externos, conclui a análise
“Este estudo ressalva que, à medida que os desafios do futuro se aproximam no horizonte corporativo, aprimorar a eficácia dos Conselhos de Administração torna-se uma prioridade inegável”, revela ainda Nuno Fernandes no comunicado.
“A procura pela excelência governativa, impulsionada por práticas adaptáveis e processos formais, é a chave para não apenas enfrentar, mas prosperar diante das complexidades que se apresentam” explica Nuno Fernandes, concluindo que “em última análise, a capacidade dos Conselhos de evoluir reflete diretamente na resiliência e no sucesso duradouro das organizações.”
Os dados foram recolhidos entre junho e julho de 2023 e a sua análise foi conduzida pela Odgers Berndston Portugal até ao final de 2023.
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