Continuam problemas na Boeing: Dois astronautas americanos presos no espaço

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26 jun, 2024 - 18:54 • Marta Pedreira Mixão

A missão da NASA-Boeing deveria durar oito dias, mas os astronautas acabaram por passar grande parte do mês na cápsula ligada à Estação Espacial Internacional (EEI), enquanto os engenheiros tentam resolver os problemas da Starliner.

A nave espacial Starliner, da empresa Boeing, está presa no espaço com dois astronautas norte-americanos a bordo, Sunita "Suni" Williams e Barry "Butch" Wilmore.

A missão da NASA-Boeing deveria durar oito dias, mas os astronautas acabaram por passar grande parte do mês na cápsula ligada à Estação Espacial Internacional (EEI), enquanto os engenheiros tentam resolver os problemas da Starliner.

A nave da Boeing foi lançada a 5 de junho da Estação da Força Espacial na Florida, tornando-se a sexta viagem inaugural de uma nave espacial tripulada na história dos Estados Unidos.

De acordo com o jornal britânico "Guardian", até ao momento ainda não se sabe quando estes astronautas vão poder regressar à Terra.

"Ajustaram o regresso da Starliner Crew Flight Test para depois de dois passeios espaciais previstos para segunda-feira, 24 de junho, e terça-feira, 2 de julho", relatou o porta-voz da Boeing ao jornal britânico.

"Atualmente, não temos uma data para o regresso e avaliaremos as oportunidades após os passeios espaciais", explicou.

De acordo com a mesma fonte, "a tripulação não está pressionada pelo tempo para deixar a estação, uma vez que há muitos abastecimentos em órbita e o calendário da estação está relativamente aberto até meados de agosto".

Esta missão realizou-se com um ano de atraso e ultrapassou o orçamento em 1,5 mil milhões de dólares, além de ter registado outros problemas como dificuldades com os propulsores e fugas de hélio.

Funcionários da NASA e da Boeing garantem que os astronautas não estão retidos e que as dificuldades técnicas não ameaçam a missão.

O porta-voz da Boeing assegurou que as fugas de hélio e a maioria dos problemas com propulsores "não constituem uma preocupação para a missão de regresso", já que "quatro dos cinco propulsores que estavam desligados anteriormente estão agora a funcionar normalmente".

A NASA refere que a nave "tem hélio suficiente nos seus tanques para suportar 70 horas de atividade de voo livre após a desacoplagem".

"Estamos a levar o nosso tempo e a seguir o processo normal da equipa de gestão da missão. Estamos a deixar que os dados orientem a nossa tomada de decisões relativamente à gestão das pequenas fugas no sistema de hélio e ao desempenho dos propulsores que observámos durante o encontro e a acoplagem", afirmou Steve Stich, gestor do programa de tripulação comercial da NASA, citado pelo Guardian.

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