Corpos de 501 soldados mortos repatriados pela Rússia

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"Graças às medidas de repatriamento, foram devolvidos à Ucrânia 501 corpos de defensores ucranianos caídos", declarou o Centro de Coordenação para o Tratamento dos Prisioneiros de Guerra, uma agência governamental, no Telegram.

Este é um dos maiores repatriamentos de restos mortais de militares ucranianos desde o início da guerra.

De acordo com o centro de coordenação, a maior parte foi trazida da região de Donetsk, mais especificamente da área de Avdiivka, uma cidade mineira de onde vieram 382 corpos, e cuja captura em fevereiro iniciou um avanço russo que ainda está em curso.

A agência elogiou a assistência do Comité Internacional da Cruz Vermelha e sublinhou que vários organismos estatais e o exército ajudaram a coordenar a devolução dos restos mortais.

As forças da ordem e os peritos forenses vão agora identificar as vítimas, após o que os corpos serão entregues aos seus familiares mais próximos, informou o centro de coordenação ucraniano.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território, e a rejeitar negociar enquanto as forças ucranianas controlem a região russa de Kursk, parcialmente ocupada em agosto.

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