Longe das caraterísticas que Maxime Domínguez emprestou ao meio-campo do Gil Vicente, nem por isso Jesús Castillo deixou de convencer Bruno Pinheiro a entregar-lhe o lugar no onze. Com contrato até 2027 depois do investimento na casa do milhão de euros dos galos no seu passe, o internacional peruano vai dando indícios que esta pode ser a época de afirmação. Algo que os minutos não deixam mentir.
Depois de 367 minutos e apenas três titularidades em 2023/24, o possante médio conta já os mesmos três jogos de início, num total de quatro jogos e 275 minutos em ação. Números que disparam a média de minutos por jogo: de aproximadamente 28' para 69' na presente campanha.
A desempenhar um papel intermédio entre o que é pedido a Mory Gbane - junta-se à linha defensiva em determinados momentos - e a Fujimoto - maestro da equipa -, Castillo tem adicionado a dimensão física que o médio costa-marfinense já é conhecido por conferir.
Apesar disso, outra caraterística salta à vista: o acerto no passe e a ocupação de espaços. De resto, caraterísticas que fazem sobressair o equilíbrio salientado pelo treinador gilista, quando questionado pelo zerozero, na conferência de pós-jogo com o Casa Pia.
«O Castillo tem estado muito bem nos jogos, equilibra muito a equipa. Se é verdade que hoje não esteve no seu melhor, a verdade é que, nos outros jogos, nos deu imenso», constatou.
Contas feitas, os 77 por cento de acerto no passe registados em Famalicão - 25 certos em 32 -, acabou por ser o parente pobre à beira dos outros dois encontros em que alinhou de início, onde procedeu a 86 por cento de passes bem-sucedidos - no duelo deste domingo - e a 100 por cento - 14 em 14 - no empate frente ao SC Braga.
Uma tendência que permite um meio termo no miolo gilista: se Mory Gbane tem agora uma extensão às suas caraterísticas ao lado - e por vezes à sua frente -, Fujimoto parece definitivamente solto para cumprir as funções criativas que vai pintando as suas exibições, jornada após jornada.
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