CRÓNICA | Até se ouvem os violinos

5 meses atrás 121

O Vitória SC prometia ser um adversário difícil, especialmente sendo uma das duas equipas que já bateu o Sporting nesta Primeira Liga, mas não parece haver maneira de travar o líder...

Um, dois, três. Contamos assim os golos e também os pontos somados pela equipa de Rúben Amorim, que caminha a passos largos para o 20º título de campeão nacional. Até ao soar dessa campainha, a música vai tocando e a bola vai fazendo o seu caminho até às redes com muita frequência. Este domingo ficou para trás a marca dos 130 golos na época, algo que já não acontecia desde que tocavam os cinco violinos!

Entre a euforia e o controlo

Foi em clima de festa que o Sporting foi recebido em Alvalade, duas semanas depois do último jogo caseiro. Música, cartazes e pirotecnia pintaram uma bela imagem pré-jogo, numa altura em que os adeptos locais acreditam cada vez mais no melhor desfecho para esta campanha. Não se pode é dizer que o arranque do jogo tenha estado à altura do que o estádio exigia.

Circulação letárgica, longe de qualquer uma das balizas, foi a entrada, até que começaram a surgir sabores mais interessantes. Corria o vigésimo minuto quando surgiu a primeira ocasião flagrante. Era Geny Catamo, novo herói verde e branco, quem procurava o golo, até Borevkovic cortar em cima da linha. Foi só 10 minutos depois que a bola entrou, num lance finalizado por Pedro Gonçalves.

Em desvantagem, o Vitória começou a mostrar-se mais. Subiu as linhas e assumiu a posse de bola, mas nunca conseguiu criar verdadeiro perigo - Jota Silva começou o jogo no banco e essa ausência foi sentida. O golo só esteve perto num lance em que Israel derrubou Afonso Freitas para o que seria certamente grande penalidade se o ala vitoriano não estivesse fora de jogo.

A equipa de Rúben Amorim lidou bem com esse ascendente, uma vez que a subida das linhas adversárias permitiu ao Sporting explorar a profundidade mais frequentemente. Foi num raro momento de posse prolongada do Sporting, já em cima do intervalo, que Gyökeres encerrou uma sequência de cinco jogos sem marcar. O sueco foi apenas uma das personagens numa jogada brilhante do coletivo.

Mais um passo

Na procura de segurança e conforto, nada como fazer o 2-0 no último lance da primeira parte. Assim, a gestão é bem mais fácil, especialmente frente a um adversário que já tinha conseguido a proeza de derrubar o leão durante a primeira volta do campeonato.

Bastaram quatro minutos do segundo tempo para uma nova erupção em Alvalade. 3-0! Pote lançou Francisco Trincão, que trabalhou bem para assistir o 24º golo de Viktor Gyökeres nesta edição da Liga. 

A partir daí, desapareceram as dúvidas que pudessem existir em torno do desfecho do jogo. Os três pontos estavam assegurados, de maneira que os adeptos da casa, purificados de qualquer tipo de ansiedade, dedicaram-se a expressar o seu apoio de formas menos habituais. Além dos cânticos, as bancadas deram um pequeno espetáculo de luzes e ainda fizeram dançar uma onda, enquanto os vitorianos, no seu canto, também mantiveram o apoio.

Em campo, tudo se mantinha fácil. O Vitória tentou, mesmo passando a ter mais espaço no ataque, mas o Sporting continuou a criar perigo. Chegou a festejar o 4-0, marcado por Marcus Edwards assim que entrou, mas esse foi invalidado por fora de jogo. 

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