CRÓNICA | Bola parada abençoada

8 meses atrás 65

Em Rio Maior, o penúltimo duelo de 2023 da Liga Portugal Betclic. O Casa Pia acolheu a visita do SC Braga e foram mesmo os gverreiros a levar a melhor por 1-3.

Pedro Moreira manteve todas as escolhas do último encontro dos gansos, sem qualquer alteração no onze inicial. Artur Jorge, por outro lado, teve destino diferente com algumas alterações forçadas. Pizzi, André Horta e Sikou Niakaté foram escolhidos para cobrir as posições de Álvaro Djaló, Rodrigo Zalazar e José Fonte.

Entre a pedra e a muralha

A primeira parte acabou por ser uma demonstração de solidez defensiva e os professores foram a linha de quatro jogadores e guarda-redes do Casa Pia.

O SC Braga tentou várias incursões, principalmente, pela ala direita nos primeiros minutos, mas todas elas foram travadas. Quando Artur Jorge mudou o plano, os gansos não arredaram pé e fizeram de tudo para não deixar Bruma ou Pizzi avançar, como bem auguraram fazer.

Com isto, os comandados de Pedro Moreira iam crescendo paulatinamente, aproveitando a «falta de entrosamento» da jovem dupla de centrais minhota. Felippe Cardoso mostrou-se uma dor de cabeça e quase conseguiu golo, mas os pormenores de cada uma das duas jogadas impediram que se concretizasse.

Faltava mais frescura e agressividade no ataque do SC Braga. A previsibilidade ofensiva dos gverreiros e a impermeabilidade da defesa do Casa Pia foram os grandes fatores que levaram a permanência do nulo até ao intervalo.

Síndrome da bola parada

Não foi a muralha que partiu, mas, sim, o jogo. A segunda metade trouxe novas ideias ao relvado. O Casa Pia manteve a estratégia, mas o SC Braga mostrava-se algo mais agressivo - exatamente aquilo que referimos anteriormente.

Mais incursões parte a parte, com um ritmo altíssimo de jogo. O SC Braga chega à vantagem, após bola parada. João Moutinho volta a marcar no campeonato português, pouco mais de dez anos depois.

Não foi preciso muito e os gansos anularam a vantagem. Uma infantilidade de Victor Gómez na área levou à marcação de uma grande penalidade. Clayton converteu sem qualquer hesitação.

No jogo da parada e resposta, tinha de aparecer o «suspeito do costume» bracarense. Nova bola parada, Banza rasgou a defesa e a baliza. Vantagem assegurada.

Por falar em «parada», acabou por ser ela mesma a decidir o jogo. Quatro golos, todos eles seguidos de bola parada: dois pontapés livres, um pontapé de canto e uma grande penalidade.

No final, fica isto e o tento fortíssimo de Rodrigo Zalazar que aumentou a vantagem e fez por mostrar que é um dos grandes talentos que Artur Jorge tem em mãos.

Ler artigo completo