CRÓNICA| Capitão Luuk anula Lei de Malen

6 meses atrás 53

Tudo adiado para o segundo e derradeiro jogo entre PSV e Borussia Dortmund. Na receção ao conjunto alemão, os lempkes até foram a equipa mais acutilante na procura das redes adversárias, mas o caráter perdulário em frente à baliza de Meyer e um endiabrado Donyell Malen ditaram a igualdade a uma bola (1-1). Se existe a Lei do ex e a Lei de Murphy, a Lei de Malen surgiu esta terça-feira, em Eindhoven.

Sem surpresa para quem acompanha a realidade das duas equipas, PSV e Borussia Dortmund entraram em campo bem ao seu estilo. Com uma pressão incessante sobre o portador da bola, não foi de admirar o pouco espaço e tempo para decidir dos artistas dentro de campo. Nos primeiros instantes, os borussen procuraram instaurar o domínio em campo alheio, mas assim que o tridente composto por Lozano, Saibir (sobretudo este) e Tillman descobriram o espaço para a transição, os problemas nasceram para Alexander Meyer.

Malik Tillman ficou perto de estrear o marcador numa triangulação soberba desde trás, em que Luuk De Jong desempenhou um papel crucial com um último passe de excelente visão periférica. O aviso serviu para espevitar os pupilos de Ediz Terzic e, em especial, Malen. O ex-PSV teve o condão de sacudir a nuvem negra que começava a assolar a sua equipa e promoveu os primeiros avisos à baliza de Wálter Benítez, antes de consumar o principal estrago da etapa.

Desta vez, a pressão alta funcionou a bom ritmo, Emre Can recuperou em zona alta, cabendo a Marcel Sabitzer servir o passe de morte para Malen. No apelo à lei do ex, o internacional neerlandês engendrou um tiro fulminante ao qual o guardião do PSV não foi capaz de chegar, ficando a sensação de que deveria ter feito melhor.

A vantagem tranquilizou - até demais - a equipa germânica e a subida de rendimento do vice-campeão da Eredivisie não tardou a ressurgir. Lozano e Saibiri mantiveram-se irrepreensíveis na procura de servir os colegas de ataque, mas a displicência da finalização de Johan Bakayoko e a valentia de Meyer a suster a bomba do camisola 34 do PSV seguraram a vantagem mínima ao Dortmund, na ida para os balneários.

A luz do Phillips Stadium acendeu no pé de De Jong!

O reatar não estancou o fluxo de jogo neerlandês - antes pelo contrário - e o golo do empate acabou por surgir, já depois do aviso muito sério desde a entrada da área de Joey Veerman. Saibiri tentou recuperar uma bola mal dominada e foi rasteirado por Hummels - até aí a exibir-se de forma irrepreensível e com vários cortes valiosos -, com Srdjan Jovanovic a ser perentório ao apontar para a marca dos onze metros.

Nessa altura, o capitão Luuk De Jong mostrou como se faz e converteu o castigo máximo, apesar dos esforços de Alexander Meyer para deter o ensaio. Com o empate, os borussen ainda ousaram recuperar a vantagem por intermédio do inevitável Mallen. Saibiri reagiu quase de pronto, mas o empate seria mesmo a realidade, depois de uma última meia hora de intensidade incomparavelmente menor, algo que nem a frescura de Julian Brandt, Marius Wolf  - rendeu um apagadíssimo Jadon Sancho - ou Ricardo Pepi foi capaz de revolucionar.

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