CRÓNICA | Festa amigável e o felizardo do costume

4 meses atrás 68

Apesar de uma hora de um ritmo de jogo quase amigável, e até aborrecido, o campeão nacional Sporting voltou a cumprir, bateu o Estoril Praia por 0-1 e quebrou, assim, o seu recorde de pontos no campeonato nacional. Este leão continua a festejar.

Já campeão nacional, o Sporting apresentava-se na Amoreira para defrontar um Estoril que, fruto do resultado do Portimonense (2-2), tinha acabado de garantir a manutenção. Do lado leonino, Rúben Amorim cumpria com o prometido e apostava no habitual onze inicial, com Diogo Pinto na baliza e Morita a fazer de Hjulmand. Já do lado do Estoril Praia, Vasco Seabra promovia apenas uma alteração, forçada, com a entrada de Michel Costa para o lugar que pertencia a Mateus Fernandes.

Um autêntico amigável

Há 5 meses e meio que o 🦁Sporting não chegava com um nulo ao intervalo na Liga Betclic 2023/24:
vs Portimonense, V 1-2 (J 15)
vs Estoril (J 33) pic.twitter.com/1FQzwGi1SR

— Playmaker (@playmaker_PT) May 11, 2024

Com as duas equipas já com os respetivos objetivos garantidos, o clima no Coimbra da Mota, que estava, em grande parte, pintado de verde e branco, era de festa. O Estoril fez a sua «parte» e fez guarda de honra, antes do jogo, ao novo campeão nacional. Dentro de campo, contudo, cedo se fez sentir o facto de ambas as equipas já nada terem a ganhar com este jogo.

Apesar disso, a iniciativa de jogo continuava a ser dos campeões. Os leões, sempre no tal ritmo baixo, assumiram a posse de bola, com linhas de construção bem subidas, e foram circulando a bola entre corredores, mas faltava, claramente, intensidade nessa troca. Na direita, Esgaio e Trincão - o mais atrevido da equipa inteira - eram quem mais acelerava processos e, através de algumas permutas posicionais, iam tentando dar emoção ao jogo, mas faltava alguma ajuda e o Estoril, bem organizado, defendia-se bem.

Houve respeito entre equipas @Kapta+

Faltava essa intensidade e as permutas posicionais que tanto diferenciaram este Sporting ao longo da época. Quando Pote e Daniel Bragança surgiam em zona mais destinada a Gyokeres - quando este arrastava marcações -, surgia algum perigo e as escassas finalizações leoninas, mas faltou eficácia e Carné foi defendendo. Do outro lado, o Estoril foi praticamente inoperante com bola, mas conseguiu, mesmo assim, ter a melhor ocasião de golo da 1ª parte, com Rodrigo Gomes, aos 45', a atirar ao poste da baliza de Diogo Pinto.

Vida no banco

A ida aos balneários pouco ou nada mudou o jogo e o ritmo continuou baixíssimo no arranque da 2ª parte, valendo o jogo apenas pela bonita festa, de parte a parte, que ia sendo feita nas bancadas dos Coimbra da Mota. Rúben Amorim, querendo, quiçá, manter a frescura e ritmo dos jogadores e procurando uma subida de intensidade, fez entrar Nuno Santos e Paulinho, aos 57', e a equipa finalmente reagiu. Já com melhores dinâmicas, especialmente na esquerda, com Nuno Santos a dar outra intensidade, Esgaio ia marcando um belo golo, aos 62', mas Carné esteve bem.

2ª parte pouco melhorou @Kapta+

Com Pote em posições mais centrais e Paulinho e Gyokeres como referências na frente, os leões cresceram, conseguindo potenciar os alas nas laterais e obrigando a uma organização mais desfasada do Estoril enquanto linha defensiva. Isto deixou o jogo um pouco mais em aberto, com mais espaço para a transição, mas o Sporting continuava num género de «treino» em ataque organizado, num ritmo baixo, embora ligeiramente acima do verificado na 1ª parte.

Essa renovada asa esquerda acabou, no entanto, por ser determinante e foi a partir daí, numa bela arrancada de Nuno Santos, após combinação com Gyokeres, que Paulinho sorriu e fez o tão aguardado golo inaugural, aos 81', que ameaçava não chegar. Já com a vantagem do seu lado, Rúben Amorim promoveu, oito minutos depois, a prometida estreia do jovem Miguel Menino, a sua estreia na equipa principal. Daí em diante, predominou a festa e o Sporting geriu até vencer por 0-1 e, assim, quebrar também o recorde de pontos do clube no campeonato.

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