CRÓNICA | Final mági(ar)co!

3 meses atrás 87

Magiares com final mágico! Depois de 90 minutos em que os escoceses pareceram sempre mais satisfeitos em somar o segundo ponto no Grupo A (que lhes garantia um muito provavelmente insuficiente terceiro lugar) do que em ir atrás dos três pontos, a seleção húngara garante de forma poética a vitória ao minuto 100!

Os escoceses entraram melhor, tiveram mais bola mas raramente ameaçaram a baliza de Gulacsi. Já os húngaros chegaram tarde à partida, remataram mais e, acima de tudo, acreditaram até ao fim!

Mais medo de perder...

Em Estugarda, cidade que se habituou a surpreender esta temporada, realizou-se a partida entre as duas seleções aflitas do Grupo A. Escoceses e húngaros lutavam por uma chance na próxima fase do Campeonato da Europa, mas a verdade é que na primeira metade do encontro o medo de ser derrotado superou a vontade de vencer. 

Os comandados por Steve Clarke entraram apoiados pelo seu exército Tartan e rapidamente assumiram as despesas da partida frente a uma Hungria bastante sonolenta e muito previsível. Apesar do dominío com bola, a reação à perda muito forte e a pressão eficaz sobre os magiares, faltava o essencial à formação escocesa... atacar a baliza.

Eis que no final da primeira meia hora a Hungria lembrou-se que não tendo conseguido pontuar até ao momento, dava jeito tentar dar um rumo diferente à partida. Dominik Szoboszlai recuou no terreno, pegou na batuta e fez a seleção de leste jogar. Milos Kerkez foi essencial nesta fase dando largura ao ataque húngaro que, de forma quase sempre ineficaz, procurou atacar a baliza de Angus Gunn através de cruzamentos. Curiosamente no momento de jogo em que a Escócia é mais forte, aconteceu a melhor oportunidade dos primeiros 45 minutos. Livre para o capitão da Hungria, Szoboszlai bate picado por cima da barreira, mas Willi Orban não teve a melhor pontaria.

...do que vontade de vencer

O intervalo chegou e seria de pensar que ambas as seleções voltariam ao retângulo verde com outra clarividência e intenções. Os primeiros 20 minutos foram uma cópia do primeiro tempo. Resumidamente: Escócia com bola mas sem baliza, e Hungria a ver jogar mas mais perigosa. O entusiasmo que vinha das bancadas foi-se substituindo pelo nervosismo de um adeus prematuro à competição.

Os últimos 25 minutos foram completamente diferentes. Unidos à volta do brutal choque entre jogadores das duas seleções que culminou com a saída de maca do avançado húngaro Varga, a seleção magiar chamou a si as responsabilidades do encontro. As entradas de Martin Ádam e Attila Szalai deram outra agressividade ofensiva à seleção de Marco Rossi, que começou a pressionar a seleção escocesa. Steve Clarke reagiu e fez entrar Stuart Armstrong e Shankland.

"10 minutos", foi o tempo dado pela equipa de arbitragem. Mais tivessem dado... Em dez minutos húngaros e escoceses jogaram aquilo que não jogaram nos restantes noventa. Jogo aberto, oportunidades de golo e festa nas bancadas. A Hungria apertava. Schafer rematou aos 90' para grande defesa de Gunn, aos 91' mais uma grande defesa do escocês e aos 92' bola ao poste depois de um remate cruzado de Kevin Csoboth. O mesmo Csoboth (ex-Benfica) que , assistido por Sallai, fez os quase dez milhões de húngaros vibrar de emoção. 

Feitas as contas: Escócia eliminada e Hungria à espera de saber se os três pontos são suficientes para fazer parte do lote restrito de melhores terceiros.

O zerozero deseja as melhoras e uma rápida recuperação a Barnabás Varga, avançado húngaro.

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