Custos com mão-de-obra sobem em Portugal acima da média da UE no primeiro trimestre

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Segundo dados do Eurostat divulgados esta segunda-feira, entre janeiro e março, os custos com a mão de obra subiram 5,1% na zona e 5,5% na União Europeia a 27, face a igual período do ano anterior.

Os custos horários da mão-de-obra aumentaram 5,1% na zona e 5,5% na União Europeia a 27, entre janeiro e março, face a igual período do ano anterior, revelam dados do departamento de estatística da União Europeia, Eurostat, divulgados esta segunda-feira, 17 de junho.

Portugal surge no meio da tabela, com os custos a subirem 6,2%, ligeiramente acima da média tanto da União Europeia como da zona euro.

No primeiro trimestre, em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, os maiores aumentos nos custos salariais por hora para toda a economia foram registados na Roménia (+16,4%), Bulgária (+15,8%), Croácia (+15,3%), Polónia (+14,1%) e Hungria (+13,7%). Mais dois Estados-membros da UE registaram um aumento superior a 10%, a saber: Letónia (+12,7%) e Lituânia (+11,1%).

Os custos da mão-de-obra são compostos por variáveis salariais e não salariais.

Na zona euro, o salário/hora aumentou 5,3%, enquanto a componente não salarial aumentou 4,5%, no primeiro trimestre, face ao primeiro homólogo de 2023.

Já na UE a 27, os custos dos salários por hora subiram 5,8% e os não salariais 4,8%.

O sector da construção liderou a subida na zona euro, com 5,2%, seguindo-se ex-aequo os serviços e a indústria, com 5,5%.

Na UE, os custos horários da mão-de-obra cresceram 5,6% na economia (maioritariamente) não empresarial e 5,5% na economia empresarial, também com a construção a destacar-se na subida: 5,8% mais do que no primeiro trimestre de 2023. Indústria em geral e serviços também surgem empatados, com um acréscimo de 5,5% nos custos.

Artes, entretenimento e recreação (+8,7%) e indústrias extrativas (+7,8%) destacaram-se nas subidas na UE. Em contrapartida, foram as atividades imobiliárias (+0,7%) e o fornecimento de eletricidade, gás, vapor e ar condicionado (+2,3%) onde os custos salariais menos cresceram.

A componente não salarial subiu mais nas atividades de alojamento e alimentação (+7,1%) e artes, entretenimento e recreação (+7,0%), tendo registado as subidas mais pálidas nas atividades imobiliárias» (+1,7%) e na saúde humana e atividades de assistência social (+1,9%).

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