Da terra do rei, à conquista da prova Rainha

7 meses atrás 87

Na Prova Rainha, quem mandou foram os de Rei ao peito. O Vitória venceu o Gil Vicente por 3-1 e garantiu a presença nas meias finais da Taça de Portugal, num resultado construído ainda no primeiro tempo. Os três Silva´s comandaram no castelo: Tiago - à bomba - inaugurou,  André aumentou e Jota fechou as contas. Pelo meio, Murilo reduziu para o Gil, e não fosse a eficácia de Alipour, o jogo poderia ter ido empatado para o intervalo, depois de um início vertiginoso dos Conquistadores. 

A segunda parte foi de trabalho do Gil, mas a falta de eficácia e, mais tarde, a falta de displicência, condenaram o Gil a cair por terra na competição. O Vitória irá agora esperar pelo confronto suspenso, entre Porto e Santa Clara, para saber quem irá defrontar nos jogos que darão acesso à final do Jamor.

Silva´s no controle  

No terceiro round entre as duas equipas minhotas, o Vitoria não quis repetir o que se tinha sucedido nas duas partidas anteriores, que foram apenas decididos na reta final dos encontros (2-1 em Guimarães, 1-0 em Barcelos). Jota Silva ameaçou aos dois minutos, mas o tiro saiu ao lado. Aos 6´, na sequência de um canto, Tiago Silva não deixou chegar à terceira, para ser de vez. De longe, depois do canto ser batido à maneira curta, o capitão vitoriano atirou uma bomba, indefensável para Andrew. 

Tiago e André Silva fizeram os dois primeiros @Kapta+

A pressão vitoriana aplicada desde o começo foi deixando o Gil desconfortável na partida. Já depois do golo, um par de cruzamentos passaram pela área, mas as cartas entregues pelos alas vitorianos não levavam endereço, acabando por se perder. Sem desarmar, o Vitória aumentou a vantagem pouco depois da dezena de minutos. Murilo errou um passe no meio campo defensivo, Tomás Ribeiro recuperou e deixou para João Mendes, que cruzou de forma exímia para André Silva. O avançado brasileiro, que até esteve com um pé fora de Guimarães no último defeso, aumentou a vantagem e continuou o bom momento de rei ao peito. 

O Gil foi obrigado a ir para cima, mas, num primeiro momento, mostrou alguma incapacidade em superar a primeira fase de pressão e sair desde trás. Depois de começar a criar algumas superioridades nas zonas mais recuadas, os gilistas foram conseguindo criar algum perigo. Maxime falhou na cara de Charles, algo que Murilo conseguiu fazer minutos depois. O brasileiro rompeu nas costas da defesa e reduziu a vantagem, algo que galvanizou os de Barcelos. Alipour poderia ter empatado logo depois, mas primeiro (numa réplica do golo de Murilo) atirou ao lado, e deppois, de cabeça, obrigou Charles a uma excelente intervenção.

A pressão gilista assustou as bancadas D.Afonso Henriques, mas não amedrontou os intervenientes de preto e branco. Já nos descontos, Händel vestiu o fato de gaia, pegou na batuta e foi o maestro da tranquilidade. Depois de uma jogada coletiva de fino recorte, o internacional sub-21 português encontrou Jota Silva com um passe magistral e o extremo não tremeu perante Andrew. 3-1 a fechar uma primeira parte recheada de lances perto das balizas, onde os três Silva´s picaram o ponto e deixaram o Vitória com um pé nas meias. 

Ficou-se pelo tentar

Do lado gilista, havia urgência de fazer um golo para reentrar na discussão pela eliminatória e foi assim que a equipa entrou no segundo tempo. Os forasteiros foram pressionastes nos primeiros momentos do jogo e instalaram-se no meio-campo adversário, conquistando alguns cantos e criando calafrios aos vitorianos. Aos 56´, Murilo desperdiçou um golo quase cantado, onde demorou muito tempo a rematar, com a baliza escancarada, e acabou por acertar em Charles.

Alipour e Touré também tiveram as suas chances, o primeiro atirou por cima, enquanto o segundo esbarrou em Charles. Campelos mudou, tirando Murilo e Maxime (surpreendente) e lançou Fujimoto e Afonso Moreira, com vista a tornar a sua equipa mas vertiginosa. O Gil Vicente continuou melhor na partida e Martim Neto atirou ao poste, de muito longe, antes de Afonso Moreira permitir mais uma defesa a Charles. O Vitória foi equilibrado defensivamente e ia tendo alguns fogachos ofensivos, sem a acutilância do primeiro tempo.

O cerco alargou e o Vitória foi respirando mais fundo à medida que os minutos iam passando, com o Gil a ir perdendo fulgor e discernimento. Touré ainda teve uma ocasião nos descontos, mas Charles travou o golo, terminando uma excelente exibição. 

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