Dar o salto no Algarve!

7 meses atrás 65

Os golos demoraram a juntar-se a um bom espetáculo de futebol, mas a grande entrada do Arouca na 2ª parte, em Portimão, acabou por ser suficiente para os comandados de Daniel Sousa somarem mais três pontos, após baterem o Portimonense por 1-2. Mújica continua de pé quente e voltou a faturar.

A jornada 20 da Liga Portugal Betclic arrancava em Portimão, onde o Portimonense recebia o Arouca. Do lado algarvio, o treinador Paulo Sérgio promovia a estreia dos reforços Rodrigo Martins e Mvoué, a entrarem para os lugares que pertenciam a Dener e Hélio Varela. Já do lado arouquense, o treinador Daniel Sousa promovia três alterações no onze titular, com as entradas de Bambu, Matías Rocha e Pedro Santos para os lugares que pertenciam a Javi Montero, Rafael Fernandes e Eboué Kouassi.

Vertigem ineficaz

Apesar de jogar fora de portas - com um boa casa a destacar -, o Arouca entrou bem na partida, dinâmico pelo seu trio, sempre perigoso, ofensivo espanhol e conseguindo permutas posicionais interessantes com Sylla e Pedro Santos. A direita, com Jason, foi a maior aposta e deixou o Portimonense em sentido, que ia apostando claramente nessa consistência defensiva e nas transições, até porque tinha setas apontadas à baliza adversária.

1ª parte foi dividida @Kapta+

Mesmo com essa dificuldades em ter bola - Arouca bem na pressão inicial -, os comandados de Paulo Sérgio foram explorando as costas da defesa e a velocidade de Jasper, Hildeberto e Carlinhos, embora pecando no timing do passe (vários foras de jogo nesse último passe). Ter bola, no entanto, não era tudo e faltava assertividade no último terço ao Arouca, que ia tendo dificuldade em potenciar Mújica (bem marcado por Pedrão e Filipe Relvas.

O Portimonense, por sua vez, soube nivelar o meio campo quando a pressão arouquense baixou e foi crescendo com a pouca bola que tinha. O seu grande destaque ofensivo chegou, contudo, claro está, na transição, aos 37', quando Carlinhos arrancou pelo corredor central, rematou à entrada da área e viu De Arraubarrena fazer defesa incompleta. Rodrigo Martins tinha tudo para marcar, mas atirou ao lado. O ritmo e a vontade estava lá, mas faltavam golos aos dois lados.

Os desejados golos

O jogo estava bom, mas faltava golos. Contudo, o arranque da 2ª parte rapidamente mudou isso. É que o Arouca voltou a entrar forte, dinâmico, e precisou de apenas sete minutos para chegar ao 0-2. O primeiro chegou logo aos 48', com Pedro Santos a ganhar em zona adiantada, deixando para Cristo, que fez o que quis do defesa na esquerda da área e cruzou para o golo do goleador Mújica. Apenas quatro minutos depois, Matías Rocha aproveitou uma defesa incompleta de Nakamura a um livre direto de Jason e só teve que encostar para o 0-2. O guardião nipónico ficou mal na fotografia.

Golos madrugadores mudaram jogo @Kapta+

O jogo tinha mudado drástica e rapidamente e o Portimonense era obrigado a mudar por completo o estilo até então demonstrado, visto que apenas a transição agora não chegava. Os algarvios procuraram assumir as rédeas, foram tendo mais bola e até conseguiram mexer mais na partida, especialmente depois da entrada de Ronnie Carrillo para o lugar de Hildeberto (bastante desapoiado). Durante largos minutos o Arouca pareceu ter o jogo controlado, mas bastou uma falha de marcação para, aos 71', Carrillo aproveitar o cruzamento de Guga na direita e reduzir.

O jogo estava relançado, mas o Arouca até reagiu bem e ampliou aos 79', com Jason a aproveitar uma autêntica oferta de Seck, após cruzamento na esquerda de Mújica. Contudo, houve mão na bola do espanhol e o Portimonense ganhou oxigénio, embora o Arouca tenha dificultado, ao baixar o ritmo de jogo a seu belo prazer depois disso. Já perto do final, aos 89', Formiga respondeu ao bom cruzamento de Gonçalo Costa na esquerda e acertou em cheio na barra, mas nada - nem mesmo a expulsão do técnico Daniel Sousa, aos 90+5 - mudou o resultado e o Arouca voltou a vencer, agora por 1-2, em Portimão.

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