David Cameron aponta que vitória de Putin mostra "amplitude da repressão"

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"Estas eleições russas sublinham claramente a profundidade da repressão exercida pelo regime do Presidente Putin, que procura silenciar qualquer oposição à sua guerra ilegal [na Ucrânia]", afirmou o chefe da diplomacia do Reino Unido, num comunicado hoje publicado.

Na mesma nota, Cameron vincou que "a Rússia não respeitou os seus compromissos com os princípios da OSCE [Organização para a Segurança e Cooperação na Europa], que garantem que a vontade do povo se exprima de forma livre e justa".

Referiu ainda relatos de infrações eleitorais, numa menção ao facto de observadores independentes da OSCE não terem sido convidados para acompanhar o ato eleitoral, que decorreu entre sexta-feira e domingo, e à interdição de candidatos críticos da invasão russa da Ucrânia (iniciada em fevereiro de 2022) concorrerem.

Dias antes do escrutínio, o Parlamento Europeu também veio esclarecer que não tinha qualquer mandato para fazer a observação das eleições presidenciais na Rússia.

O chefe da diplomacia britânica criticou também a realização de eleições nos territórios ucranianos ocupados da Crimeia, Donetsk, Kherson, Lugansk e Zaporijia como uma "violação abominável da Carta das Nações Unidas e da soberania ucraniana". 

"Estas regiões serão sempre ucranianas; a realização de eleições presidenciais russas nestas regiões não altera este facto. O Reino Unido continua a apoiar a Ucrânia", frisou Cameron.

O Presidente russo, Vladimir Putin, obteve o seu quinto mandato com mais de 87% dos votos, um número recorde, nas eleições presidenciais, indicou hoje a Comissão Eleitoral Central da Rússia.

A Comissão Eleitoral Central da Rússia informou que, com quase 100% de todos os distritos eleitorais contados, Putin obteve 87,29% dos votos.

Embora tenha garantido publicamente que não o faria, Putin alterou a Constituição em 2020 para permitir a sua reeleição, o que poderá fazer novamente dentro de seis anos e, assim, permanecer no Kremlin (presidência) até 2036.

Vladimir Putin, que está no poder desde 2000, também ocupou o cargo de primeiro-ministro entre 2008 e 2012.

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