"De mudança, mas de diálogo". Programa de Governo tem 60 medidas de outros partidos

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10 abr, 2024 - 13:22 • Diogo Camilo

Ministro da Presidência, António Leitão Amaro, apresentou as linhas gerais do documento, incluindo a privatização da TAP, promessa de salário mínimo nos 1.000 euros até 2028 e uma taxa mínima de 15% no IRS até aos 35 anos.

Um programa de Governo “de mudança, mas de diálogo”. Foi assim que o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, apresentou o documento que foi entregue esta quarta-feira, na Assembleia da República (AR), depois de aprovado em Conselho de Ministros.

"No espirito de dialogo que temos vindo a falar, e que praticamos, este programa de Governo contém várias dezenas de propostas de outros partidos, que constam de outros programas eleitorais, e que não constavam do programa eleitoral da Aliança Democrática. São pelo menos 60 medidas que vêm de programas eleitorais de todos os outros partidos com assento parlamentar", anunciou.

"Porque ouvimos, estamos atentos e percebemos a escolha dos portugueses. Naturalmente que o programa de Goveno tem por base o programa eleitoral da AD, mas incorpora dezenas de medidas que coincidem com outros programas", esclareceu o ministro.

Um país "mais justo e solidário", mas também "mais rico e competitivo": é assim que Leitão Amaro define o Programa de Governo, demonstrando também um "empenho muito grande" no combate à corrupção.

A entrega do documento ao presidente da AR pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, aconteceu por volta das 13h00, com um atraso de mais de uma hora.

O anúncio do Conselho de Ministros foi feito no sábado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, numa reunião informal que juntou todo o Governo em Óbidos, e em que disse à comunicação social que o trabalho sobre o programa já estava "muito adiantado".

Na altura, Montenegro assegurou que "os compromissos da campanha são para cumprir".

O programa de Governo será agora apresentado e discutido no Parlamento entre quinta e sexta-feira. Depois de concluído o debate, o executivo entra em plenitude de funções. Antes disso será votada uma moção de rejeição apresentada pelo PCP, mas que o PS já anunciou que não irá viabilizar.

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