Alvo de ameaças dirigidas a si e à família na última segunda-feira, Di María respondeu com um golo no triunfo da Argentina diante da Costa Rica. Em conversa com os jornalistas no final da partida, Rodrigo De Paul comentou o estado emocional em que o extremo do Benfica se encontrava na véspera do desafio. «Estava com ele de manhã quando nos levantámos cedo. Claro que não vou contar coisas que sejam muito pessoais, mas vimo-lo com lágrimas» começou por referir antes de complementar: «Se há alguém que merece ter a possibilidade de voltar ao nosso país quando ele o desejar é ele. Dá-me muita pena que se passes estas coisas no nosso país, é muito grave.» «Apesar do que se passou, o amor que ele tem pelo seu país, pela sua cidade e pelo seu clube não muda. Depois, terá de tomar uma decisão. Não é fácil. Foram coisas muito fortes. Ele sabe que estamos com ele até ao fim», concluiu o médio do Atlético Madrid. No final da concentração da seleção albiceleste, Fideo acabou por deixar uma nota no Instagram pessoal: «Uma bela digressão, onde tudo correu bem e é isso que é importante para continuar a crescer e a preparar-se para o que aí vem. Vamos, Argentina.» Recorde-se que, na última segunda-feira, foi deixado um bilhete a avisar o internacional argentino de que se regressasse ao seu país-natal, «um membro da família» seria morto, segundo relatou a imprensa local. «Diga ao seu filho Ángel para não voltar a Rosário porque senão vamos estragar tudo e matar um membro da família. Nem mesmo Pullaro [Governador da província de Santa Fé] te vai salvar. Não mandamos fora pedaços de papel. Disparamos chumbo e as pessoas acabam morta», pôde ler-se no papel. O caso está agora nas mãos da polícia argentina, que procura reunir esforços para identificar os autores das ameaças que ainda foram acompanhadas por tiros.