Luís Montenegro quer que seja Nuno Melo a representar a coligação nos debates com o Livre e a CDU, mas a decisão estão a causar um coro de críticas e tornou-se um caso.
Os debates televisivos entre os candidatos às legislativas de 10 de março já arrancaram com a primeira semana a ficar marcada por um coro de críticas. Em causa está o facto de Luís Montenegro ter decidido que seria Nuno Melo, líder do CDS-PP e seu parceiro de coligação, a estar presente no frente-a-frente com o Livre e a CDU. Os partidos rejeitam e Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, até já desafiou o presidente do PSD para um debate a quatro, isto é, entre ele e os líderes do PSD, CDS-PP e PPM. Está lançada a polémica com os debates, que ainda agora começaram.
Luís Montenegro não quer ir aos debates com Paulo Raimundo e Rui Tavares e garante que ficou “acertado desde a primeira conversa” sobre os debates televisivos que seria Nuno Melo a debater com PCP e Livre. Mas, em comunicado, RTP, SIC e TVI desmentem o líder da AD e afirmam que “a proposta de debates organizados pelas três televisões foi sempre dirigida aos líderes partidários com assento parlamentar”.
Entretanto, o PCP diz que a recusa de Montenegro revela “a “necessidade” de a AD “esconder o seu verdadeiro projeto” e o Livre considera que é “um péssimo sinal para quem almeja ser primeiro-ministro”. Ambos os partidos dizem estar disponíveis para alterar a data dos debates para que possa ser Montenegro a estar presente, mas o JE sabe que a AD está para já apostada a fazer braço-de-ferro porque quer mesmo dar visibilidade a Nuno Melo e colocá-lo, também, na linha da frente.
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