“Deixem o Líbano imediatamente”: Arábia Saudita e Itália lançam pedido aos seus cidadãos

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Itália e Arábia Saudita juntam-se a uma lista de vários países europeus, como Espanha, França, EUA, Reino Unido ou Suécia que pedem que os seus cidadãos abandonem o Líbano devido a receios de uma escalada militar no Médio Oriente entre Israel e o Irão e os seus aliados.

Os líderes políticos de Itália e Arábia Saudita fizeram um pedido público aos seus cidadãos para que abandonem o Líbano com efeitos imediatos devido aos receios de uma escalada militar no Médio Oriente entre Israel e o Irão e os seus aliados.

A embaixada saudita em Beirute disse em comunicado que apela aos cidadãos sauditas para “deixarem o Líbano imediatamente, em conformidade com a proibição de viajar para este país”.

O ministro italiano das Relações Exteriores, Antonio Tajani, também apelou hoje aos seus compatriotas no Líbano para abandonarem o país “o mais rápido possível”, perante o aumento das tensões com Israel.

“Tendo em conta o agravamento da situação, convidamos os italianos que se encontrem temporariamente no Líbano a não viajar para o sul do país e a regressarem a Itália em voos comerciais o mais rápido possível”, escreveu Tajani na plataforma social X (antigo Twitter).

O apelo foi também dirigido a turistas italianos, a quem é pedido para não viajarem para o Líbano.

Itália e Arábia Saudita juntam-se, assim a uma lista de vários países europeus, como Espanha, França, EUA, Reino Unido ou Suécia que pedem que os seus cidadãos abandonem o Líbano.

No Portal das Comunidades Portuguesas, o ministério português dos Negócios Estrangeiros reiterou recentemente o aviso “para que todas as viagens com destino ao Líbano sejam evitadas”.

“Devem ser especialmente evitadas quaisquer deslocações a sul do rio Litani”, sublinham as autoridades portuguesas, que recomendam “a todos os cidadãos nacionais que considerem deixar o país pelos seus próprios meios”.

Os receios de uma conflagração regional aumentaram este fim de semana no Médio Oriente, onde os Estados Unidos reforçaram as suas forças militares, na sequência do assassínio atribuído a Israel do líder do Hamas e da morte, num ataque israelita, de um alto responsável do Hezbollah, que Teerão e o movimento libanês prometeram vingar.

No sábado, a Suécia anunciou o encerramento da sua embaixada em Beirute, depois de ter aconselhado milhares de cidadãos a abandonar o país, e a França apelou aos seus cidadãos que visitam o Irão para que partam “o mais rapidamente possível”.

O ataque perpetrado a 07 de outubro de 2023 pelo Hamas a partir de Gaza contra o sul de Israel causou a morte a cerca de 1.200 pessoas, na sua maioria civis, segundo uma contagem da agência de notícias France-Presse (AFP) baseada em dados oficiais israelitas. Das 251 pessoas raptadas na altura, 111 continuam detidas em Gaza, 39 das quais morreram, segundo o exército.

A ofensiva israelita lançada em resposta em Gaza custou até agora 39.550 vidas, segundo dados hoje atualizados pelo Ministério da Saúde do Governo de Gaza, que não deu qualquer indicação sobre o número de civis e combatentes mortos.

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