Delegação informal dos EUA chega este domingo a Taipé

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Macau, China, 14 jan 2024 (Lusa) -- Uma delegação informal dos Estados Unidos vai chegar hoje a Taipé, depois das presidenciais de sábado em Taiwan, vencidas por William Lai Ching-te, de um partido tradicionalmente pró-independência, disse a representação norte-americana na ilha.

Num comunicado, o Instituto Norte-americano em Taiwan (AIT, na sigla em inglês) revelou que a delegação será constituída pelo antigo conselheiro de Segurança Nacional Stephen J. Hadley e pelo antigo secretário de Estado adjunto James B. Steinberg.

O AIT sublinhou que "o Governo dos EUA pediu a antigos altos funcionários que viajassem a título privado para Taiwan", algo que aconteceu "anteriormente após as eleições presidenciais" da ilha.

A delegação será acompanhada pela presidente do instituto, Laura Rosenberger.

Na segunda-feira, os dirigentes irão reunir-se com "uma série de figuras políticas importantes e transmitirão as felicitações do povo norte-americano a Taiwan pelas eleições bem-sucedidas", referiu o comunicado.

A delegação irá também sublinhar "o apoio à prosperidade e ao crescimento contínuos de Taiwan e o interesse de longa data na paz e estabilidade nos dois lados do Estreito", acrescentou o AIT.

O estatuto de Taiwan é um dos assuntos mais tensos na rivalidade entre a China e os Estados Unidos, o principal aliado militar do território, e Washington tinha prometido enviar uma "delegação informal" à ilha após a votação.

William Lai, que era o candidato favorito de acordo com as sondagens, venceu as eleições presidenciais com 40,05% dos votos.

O atual vice-Presidente cessante, de 64 anos, foi descrito por Pequim como um "sério perigo" devido às posições do Partido Democrático Progressista, que afirma que a ilha é de facto independente.

A China alegou hoje que os resultados das presidenciais "não representam a opinião da maioria na ilha".

"As eleições não mudarão o quadro básico e a tendência de desenvolvimento das relações através do Estreito" de Taiwan, disse Chen Binhua, porta-voz do gabinete chinês responsável pelas relações com Taipé.

Num comunicado citado pela imprensa estatal chinesa, Chen acrescentou que o resultado "não alterará a aspiração partilhada dos compatriotas de ambos os lados do Estreito de forjar laços mais estreitos".

"Aderimos ao consenso de 1992 que reconhece o princípio de 'uma só China' e opomo-nos firmemente às atividades separatistas que buscam a 'independência de Taiwan', bem como à interferência estrangeira", acrescentou o porta-voz.

O comunicado surgiu horas depois do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan ter apelado à China para "respeitar os resultados das eleições presidenciais", que "demonstram mais uma vez a maturidade e a estabilidade da política democrática" da ilha.

Leia Também: Resultado das eleições em Taiwan "não representa opinião da maioria"

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