"A delegação das Relações Económicas Externas" liderada pelo ministro dos Assuntos Económicos Externos norte-coreano, Yun Jong-ho, "visitou o Irão e regressou ao país" na quinta-feira, disse a KCNA, num texto de uma linha.
A visita de Yun realizou-se numa altura em que se suspeita que os dois países possam estar interessados em reforçar a cooperação em matéria de defesa. Os serviços secretos sul-coreanos afirmaram estarem atentos à possibilidade de alguns dos mísseis disparados recentemente por Teerão contra Israel integrarem componentes ou tecnologia do regime de Kim Jong-un.
Esta semana, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Naser Kanani, afirmou que aquelas suspeitas eram "especulação tendenciosa".
Esta foi a primeira visita de alto nível da Coreia do Norte em cinco anos e a delegação participou numa feira comercial e reuniu-se com funcionários e representantes do setor privado para "falar apenas de negócios", referiu Kanani.
No entanto, muitos especialistas sugeriram que é precisamente o setor do armamento que oferece as melhores perspetivas de comércio entre os dois países.
A Coreia do Norte e o Irão mantêm relações diplomáticas desde o início dos anos de 1970 e há suspeitas de que trocam tecnologia de mísseis balísticos desde os anos de 1980.
Observadores disseram acreditar que os mísseis Shahab ou Khorramshahr têm por base mísseis de curto e médio alcance norte-coreanos e Pyongyang pode estar a apoiar Teerão na tecnologia de mísseis de combustível sólido.
O Irão, tal como a Coreia do Norte, é um dos países que fornece armas à Rússia para serem usadas na Ucrânia.
Na quinta-feira, o porta-voz do Conselho de Segurança dos Estados Unidos denunciou que a Rússia forneceu à Coreia do Norte mais de 165 mil barris de petróleo refinado em março, excedendo o permitido pelas sanções da ONU contra o regime de Kim.