A investigação criminal da PSP recebeu esta segunda-feira uma denúncia de que Mohamed Amra - o homem que dia 14 deste mês foi retirado de uma carrinha prisional em França, num golpe por um grupo armado em que foram assassinados dois guardas e feridos gravemente outros três - estaria refugiado em Lisboa entre a comunidade árabe sem-abrigo na estação da Gare do Oriente, no Parque das Nações, confirmou o CM junto de fonte policial.
O CM sabe que a PSP esteve no terreno segunda-feira e esta segunda-feira a verificar a referida denúncia, mas nada foi encontrado que a corrobore.
De acordo com uma outra fonte policial, seria até "muito estranho" que um homem como Mohamed Amra, de 30 anos, com elevadas posses monetárias e de um gang criminoso com elevado poder, se tentasse esconder "num local à vista de todos e onde os sem-abrigo têm uma relação próxima" com as polícias.
Mohamed Amra é alvo de um mandado de captura (red notice) emitido pelas autoridades francesas, que nos dias imediatos à sua fuga mobilizaram mais de meia centena de polícias para a sua recaptura. Com a alcunha de ‘Mosca’ e nascido em Rouen (Normandia), pertence aos ‘The Blacks’, um grupo de traficantes fortemente implantado em Marselha. "Será mais provável ter-se já evadido para o Norte de África, ou mesmo para o Reino Unido", adianta a mesma fonte policial.
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