Desflorestação da Amazónia diminuiu 40% no primeiro trimestre face a 2023

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A conclusão tem por base dados recolhidos pela Agência Espacial de Pesquisa, INPE.

A ministra brasileira sublinhou em conferência de imprensa que a informação mais recente é "extremamente significativa", porque se segue a um decréscimo de 50 por cento na desflorestação em todo o ano de 2023. Marina Silva não providenciou dados a confirmar as suas afirmações.

O anúncio marcou o lançamento de um programa de preservação da Amazónia por parte do governo do presidente Lula da Silva, em articulação com os municípios, orçado em R$ 730 milhões (134,3 milhões de euros).

Intitulado União com Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais na Amazónia, o programa será financiado pelo Fundo Amazónia em R$ 600 milhões e pelo Floresta+ e outros, em R$ 130 milhões.

Os municípios interessados em aceder às verbas deverão inscrever-se no programa até 30 de abril próximo

O programa destina-se numa primeira fase sobretudo às regiões onde se registou o maior desmatamento do bioma em 2022.


A segunda fase deverá alargar-se a mais locais, destinada aos municípios com maior taxa de redução de 2022 para 2023.

Fio de prumo do programa serão as ações de desenvolvimento sustentável
, consideradas "a menina dos nossos olhos" pela ministra Marina Silva.

"Não vai se combater desmatamento em bioma apenas com controle, mas quando manter a floresta em pé for mais vantajoso do que com ela derrubada", afirmou a responsável pela pasta do Ambiente.
Responsabilidade mundial
Presente na cerimónia, o presidente Lula da Silva sublinhou a necessidade de articular as ações do programa com os prefeitos municipais para "transformar em parceiros para cuidar da Amazônia".

"Manter a floresta em pé é um ganho econômico maior do que um rebanho de gado. Não que não seja necessário criar o gado, mas pode ser num local que não seja a floresta", alvitrou.

Lula da Silva aproveitou para apelar os responsáveis mundiais à responsabilidade pela conservação da Amazónia, considerada o pulmão do mundo e crucial para o controlo do clima terrestre.

A Amazónia é igualmente lar para milhares de indígenas e pequenas comunidades, um tesouro humano e cultural que corre risco de desaparecer.

"Cuidar da Amazônia significa cuidar da vida, dos nossos indígenas, pescadores. O mundo rico tem que compreender que ele tem que pagar para os países que mantêm as florestas de pé levem a sério essa questão, não só o Brasil. Eles têm uma dívida com o planeta Terra", lembrou o presidente brasileiro.

O lançamento do programa de preservação da Amazónia coincidiu com uma declaração federal de nulidade quanto à licença de construção de uma mina de fertilizantes em plena floresta do Amazonas, concedida pelas autoridades de Manaus a uma empresa canadiana.

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