Destruição de um satélite russo leva os astronautas da ISS para o abrigo

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Na madrugada desta quinta-feira, hora de Portugal continental, a NASA deu instruções aos nove astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) para se dirigirem aos seus abrigos. Esta medida de precaução foi tomada em reação à destruição de um satélite russo, o RESURS-P1.

Ilustração do satélite russo RESURS-P1 destruído que poderia impactar a Estação Espacial Internacional

Satélite russo é agora um perigo para outros satélites... e não só!

A NASA detetou uma destruição de um satélite russo, o RESURS-P1, equipamento de observação da Terra, desativado em 2021, que causou uma nuvem de mais de 100 pedaços de detritos em órbita. A monitorizar, mas ainda sem rotas de colisão precisas, os astronautas da Estação Espacial Internacional foram obrigados a proteger-se nos módulos de abrigo.

Posteriormente, depois de uma hora dentro dos abrigos, os astronautas voltaram às suas atividades, quando a agência espacial norte-americana concluiu que a ISS não estava no caminho dos destroços.

Este incidente ocorreu no mesmo dia em que a NASA anunciou a SpaceX como a empresa que iria desorbitar a Estação Espacial Internacional em 2030.

Numa publicação no X/Twitter, na quinta-feira de manhã, o Comando Espacial dos EUA disse:

#USSPACECOM statement on the break-up of RESURS-P1 (#39186): pic.twitter.com/sGXkwuPSPq

— U.S. Space Command (@US_SpaceCom) June 27, 2024

O que se passou com o RESURS-P1?

Segundo a Leo Labs, uma empresa californiana que fornece serviços de prevenção de colisões e alertas de conjunção em tempo real para operadores de satélites:

O satélite de aproximadamente 6.000 kg estava numa órbita quase circular a cerca de 355 km no momento do evento.

Embora ainda não seja claro o que causou a desintegração do satélite russo, o satélite terminou o seu serviço em 2021. Assim, o que era anteriormente um objeto espacial extinto é agora mais de 100 peças.

Com o aumento da quantidade de satélites em órbita, tanto operacionais como já fora do prazo de validade, o espaço lotado à volta da Terra está a tornar-se cada vez mais preocupante. De acordo com o site Orbiting Now, existem atualmente mais de 10.000 satélites ativos em órbita à volta da Terra, com cerca de 3.000 satélites inativos ainda em órbita.

A teoria de uma cascata de colisões que se aproxima é conhecida como síndrome de Kessler. As colisões descontroladas poderiam eventualmente tornar inutilizáveis áreas da órbita baixa da Terra.

Conclusão: A quebra de um satélite russo a 26 de junho de 2024 fez com que os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional fossem para os seus abrigos até se verificar que os destroços não estavam no caminho da estação espacial.

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