Detido suspeito de matar jovem em Paris. Tinha acabado de deixar prisão

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Um jovem foi detido esta terça-feira, numa estação em Genebra, na Suíça, suspeito da morte de uma estudante, de 19 anos, cujo corpo foi encontrado enterrado no Bosque de Bolonha, em Paris, no sábado. 

A jovem foi entretanto identificada como Philippine, uma estudante da Universidade Paris-Dauphine, num caso que está a chocar França. 

O suspeito, com o nome Taha O., tem 22 anos e foi detido pela polícia local. Será agora enviado às autoridades suíças um pedido de extradição para França, segundo informou o Ministério Público de Paris ao Le Figaro.

Taha tem nacionalidade marroquina e já era conhecido das autoridades francesas, tendo sido alvo de uma obrigação de abandonar o território francês, onde estava proibido de regressar durante dez anos. 

O jovem tinha entrado em França em julho de 2019, vindo de Espanha, com um visto de turista. Nessa altura, foi rapidamente acolhido pela autoridade de proteção de menores de Val-d'Oise. 

Pouco depois da sua chegada a França, ainda em 2019, violou uma estudante de 23 anos. O crime, conta a imprensa francesa, aconteceu num caminho florestal em Taverny, Val-d'Oise. 

Taha foi rapidamente identificado e detido, tendo sido condenado a sete anos de prisão, dos quais cumpriu cinco.

Foi libertado da prisão em 20 de junho deste ano e colocado num centro de detenção administrativa em Metz. Um juiz libertou-o deste centro em 3 de setembro, mas sujeitou-o à obrigação de apresentações e colocou-o em prisão domiciliária num hotel do departamento de Yonne, sob a supervisão da Direção Geral dos Estrangeiros em França. No entanto, nunca chegou a entrar neste hotel.

Dias depois, Marrocos enviou um título de viagem única que permitia a sua deportação, mas nessa altura já não se sabia onde estava Taha. 

Na quinta-feira, 19 de setembro, foi inscrito no ficheiro de pessoas procuradas e, no dia seguinte, já era suspeito de ter assassinado Philippine. 

Para descobrir o paradeiro de Taha, as autoridades analisaram as imagens das câmaras de vigilância e os registos telefónicos e as investigações estabeleceram que o cartão bancário de Philippine tinha sido utilizado em Montreuil-sous-Bois, em Seine-Saint-Denis, após o homicídio. Acredita-se que a jovem foi morta na sexta-feira à tarde no Bosque de Bolonha, onde o suspeito regressou no dia seguinte para a enterrar.

A estudante foi vista pela última vez na sexta-feira à hora do almoço, na universidade, e foi filmada por câmaras de vigilância a caminhar em direção ao parque. 

Os pais da estudante tinham alertado os amigos da filha para o facto de esta não ter regressado a casa, em Yvelines, e, no sábado, familiares tinham organizado um grupo para efetuar buscas no Bosque de Bolonha, local onde o seu telemóvel tinha sido geolocalizado e onde o corpo acabou por ser encontrado.

Uma vez aceite o pedido de extradição em curso, o suspeito será levado para a sede da polícia judiciária de Paris para ser interrogado. 

Está em curso um inquérito por homicídio voluntário. Segundo uma fonte policial, citada pelo le Figaro, testemunhas teriam visto um homem com uma picareta na zona.

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