Dia de Reis e ninguém ficou com a prenda

8 meses atrás 63

Em Dia de Reis, ninguém «cantou as janeiras», uma vez que SC Braga e Vitória SC empataram 1-1, com ambos os golos a serem apontados no segundo tempo. Vitor Carvalho deu a vantagem à equipa da casa, enquanto João Mendes reestabeleceu a igualdade num dos últimos lances da partida.

foi o SC Braga a «cantar as janeiras», uma vez que levou a melhor sobre o Vitória SC por 1-0, com o único golo da partida a ser apontado por intermédio de Vitor Carvalho, no início da segunda parte. Emotivo até ao fim, à moda do Minho.

Artur Jorge foi «obrigado» a mexer na equipa devido às presenças de Sikou Niakaté e Simon Banza na Taça das Nações Africana. Abel Ruiz e José Fonte saltaram para o onze inicial, assim como Rodrigo Zalazar e Rony Lopes, que entraram para os lugares de Pizzi e Bruma (lesionado no aquecimento), respetivamente. Do lado vitoriano, destaque para as titularidades de Nuno Santos e André Silva, em detrimento de Nélson da Luz e Adrián Butzke.

Sol de pouca dura

O Estádio Municipal de Braga encheu-se para o 151º duelo entre as duas equipas. Um dos jogos mais esperados pelos adeptos durante todo o ano. Onde o coração bate rápido e cada detalhe assume uma importância extrema. A tabela classificativa demonstrava isso mesmo: SC Braga em quarto e Vitória SC em quinto: mais renhido era impossível.

O início do jogo evidenciou esse sentimento. A turma da casa quis dominar e até marcou logo aos quatro minutos, por intermédio de Rodrigo Zalazar, que conseguiu a emenda após uma defesa incompleta de Bruno Varela. O lance acabou anulado devido a um fora-de-jogo. Respiraram de alívio os vitorianos, incansáveis desde o primeiro minuto, apesar de estarem em clara minoria.

Dérbi esteve quentinho fora das quatro linhas @Kapta+

Esse susto inicial não acordou o Vitória SC, que foi somando dificuldades para controlar a profundidade. As primeiras oportunidades, aliás, pertenceram quase todas ao SC Braga, colocando a defesa contrária em sentido. A partir daí, o jogo ficou muito amarrado e marcado por inúmeros passes errados, sobretudo de Jota Silva, extremo que estava a viver uma noite desinspirada.

Os vimaranenses, aqui e acolá, foram dando um ar da sua graça e contaram com Tiago Silva e André Silva como principais maestros. De resto, pouco ou nada sobrou de uma primeira parte marcada por falta de eficácia, discernimento e ideias para conseguir desatar o nó que teimava em persistir. 

Ninguém se ficou a rir

Essa persistência não durou muito e acabou por estar refletida no início do segundo tempo, uma fotocópia do que tinha acontecido nos primeiros minutos. A diferença? Desta vez acabou por ser tudo legal e terminou com golo bracarense. Vítor Carvalho finalizou com sucesso uma jogada construída por Rony Lopes e Ricardo Horta. Festa pintada de vermelho e branco!

Ao contrário do que tinha acontecido no primeiro lance de perigo do jogo, o Vitória SC não conseguiu reagir no imediato e foi apanhado várias vezes em contrapé. Bruno Varela ainda se aplicou umas quantas vezes e manteve a desvantagem por números mínimos, ganhando o duelo individual com Rodrigo Zalazar.

Álvaro Pacheco mexeu com as peças que tinha no banco de suplentes, lançou cinco jogadores com o decorrer da segunda parte, mas foi Abel Ruiz a ter a machada final. No frente a frente com Bruno Varela, o avançado rematou ao lado e deixou a incerteza a reinar até ao final.

Num dos últimos lances do jogo, João Mendes encheu o pé e conquistou um ponto que parecia perdido. Que alma, que emoção. O Dérbi do Minho é histórico por isto.

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