Diretor da PJ defende revisão de condições salariais para outras polícias

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"Tenho dito que os elementos das outras polícias devem igualmente ter mais e melhores condições laborais. Não penso só na instituição que dirijo, sou também cidadão. Trabalhamos com os nossos parceiros desde sempre e entendemos que o facto de haver dificuldade em recrutar - porque as condições de vida e as condições salariais são aquelas que todos nós conhecemos - aporta a todos nós um problema. Por isso, somos solidários", disse Luís Neves.

Em causa está o novo suplemento de missão para as carreiras da PJ aprovado no final de novembro em Conselho de Ministros, que, em alguns casos, pode representar um aumento de quase 700 euros por mês.

O anúncio dessa medida tem gerado a contestação de sindicatos afetos à PSP e GNR devido à diferença de tratamento pelo Governo, mas Luís Neves colocou-se ao lado desses protestos.

"Quase sou um sindicalista, não só dos da minha casa, como de todos os polícias. Sou um polícia e gostaria muito que todos os camaradas das outras forças e serviços de segurança tivessem igualmente condições condignas salariais para poderem, igualmente, ter gosto e motivação em serem polícias. Por isso, há de facto esta chamada de atenção, compreendemos e somos solidários", acrescentou.

O diretor da PJ defendeu que "o país tem de repensar esta matéria" e enfatizou a importância de ter sido regulamentado o novo suplemento de missão para colocar um travão na degradação das condições dos profissionais da PJ que, sustentou, se verificava na última década.

Manifestou ainda a expectativa de ver a medida replicada para outras polícias.

"Gostaríamos, esperamos e temos a certeza que no futuro próximo será feito com os outros colegas das forças e serviços de segurança", reiterou.

Confrontado com a crítica do Sindicato Nacional da Carreira de Chefes da Polícia de Segurança Pública (SNCC/PSP), que alegou que a atribuição do suplemento de missão seria motivada por a PJ ser alegadamente "mais fácil de controlar" pelo Governo, Luís Neves deixou a ideia de que irá agir judicialmente.

"Houve uma crítica objetiva que será tratada no local próprio, porque não é qualquer cidadão que coloca [em causa] a honra e a dignidade coletiva da PJ, que tem quase 80 anos de história. Será tratada no local próprio", asseverou.

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