Djibuti. Pelo menos 16 migrantes (incluindo criança) morrem em naufrágio

"As operações de busca e salvamento das autoridades locais e da OIM estão a decorrer", referiu a organização da ONU na rede social o X (antigo Twitter).

A agência das Nações Unidas acrescentou, ainda, que 77 migrantes estavam a bordo do barco, "incluindo pelo menos uma criança", que não detalha se se encontra entre as vítimas.

Este é o segundo naufrágio registado pela OIM ao largo do Djibuti no espaço de algumas semanas, depois de um, em 8 de abril, em que morreram pelo menos 38 migrantes, incluindo crianças.

A rota usada por migrantes desde o Corno de África para o Iémen e Estados do Golfo Pérsico está entre as "mais perigosas" do mundo, segundo a agência da ONU.

A 8 de abril, a OIM estimou que pelo menos 698 pessoas, incluindo mulheres e crianças, morreram ao longo dessa rota 2023, mas "este número pode ser mais elevado, uma vez que algumas tragédias passam frequentemente despercebidas".

Para além dos naufrágios, os migrantes enfrentam "fome, riscos para a saúde, traficantes e outros criminosos" ao longo do caminho, e carecem de "cuidados médicos, comida, água e abrigo", salienta a organização.

De acordo com a OIM, os etíopes representam 79% dos cerca de 100.000 migrantes que chegarão ao Iémen em 2023, provenientes das costas do Djibuti ou da Somália, sendo os restantes somalis.

A maior parte deles refere razões económicas para partir, mas alguns também apontam a violência ou as catástrofes climáticas na Etiópia.

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