Do IVA da eletricidade às portagens das ex-Scuts: PS vai avançar com cinco medidas no Parlamento

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“O PS vai avançar em breve com cinco iniciativas parlamentares que espera que sejam aprovadas no Parlamento”, anunciou Pedro Nuno Santos, com reações muito expressivas sobretudo provenientes da banca do Chega.

Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, anunciou esta sexta-feira que o segundo partido mais votado nas últimas legislativas vai apresentar em breve cinco iniciativas parlamentares que espera ver aprovadas pelas outras bancadas, com destaque para a redução do IVA da eletricidade e para a eliminação de portagens das ex-Scuts.

“O PS vai avançar em breve com cinco iniciativas parlamentares que espera que sejam aprovadas no Parlamento”, anunciou Pedro Nuno Santos, com reações muito expressivas sobretudo provenientes da banca do Chega.

Assim, o PS quer ver aprovadas cinco medidas que já constavam do seu programa eleitoral e que passam pela redução do IVA da eletricidade para a taxa reduzida para mais de três milhões de portugueses; exclusão dos rendimentos dos filhos como condição para o acesso ao complemento solidário para idosos; eliminação das portagens das ex-Scuts; aumento da despesa dedutível com o arrendamento até atingir os 800 euros e o alargamento do apoio ao alojamento estudantil hoje pago aos estudantes bolseiros à classe média, pagando a todos os estudantes deslocados cujo rendimento familiar vá até ao sexto escalão do IRS.

PSD acusa PS de “hipocrisia política”

Após esta intervenção, o líder parlamentar do PSD acusou o PS de ter revelado hipocrisia política, sobretudo ao propor a abolição das portagens nas autoestradas ex-SCUT, e de irresponsabilidade orçamental ao apresentar medidas sem quantificar os seus custos.

Hugo Soares fez estas críticas logo após ter ouvido a intervenção do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, no encerramento do debate sobre o Programa do Governo, na Assembleia da República.

“Ao ouvir a intervenção que me antecedeu, a do secretário-geral do PS, que afirma não acreditar na projeção macroeconómica do Governo, devo dizer que a seguir, na mesma hora, no mesmo debate, foi capaz de apresentar um elenco de medidas sem dizer quanto custava. Se não fosse só irresponsável, a sua intervenção foi também um ato de hipocrisia política”, considerou.

PS: nem “bota abaixo” ou muleta do Governo”

O secretário-geral socialista assegurou que o PS será “uma oposição de alternativa” e não “bota abaixo” ou “muleta do Governo”, considerando que o executivo tem de provar a partir de hoje que tem “condições de governação estável”.

“Não seremos, como alguns temem, oposição de bloqueio, do bota abaixo. Também não seremos, como alguns desejam, oposição de suporte, a muleta do Governo. Seremos, sim, oposição de alternativa, fiel ao nosso programa eleitoral”, enfatizou Pedro Nuno Santos no encerramento do debate do Programa do Governo que decorre no parlamento.

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