Do “Ronaldo do Ecofin” às críticas a António Costa. Recorde frases marcantes de Schäuble

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“Portugal deve estar ciente de que pode perturbar os mercados financeiros”, dizia Schäuble em 2016. Alguns anos depois, o polémico ministro alemão já apelidava Mário Centeno como o Cristiano Ronaldo do Ecofin.

Wolfgang Schäuble, figura central do governo de Angela Merkel até 2017, ano em que se tornou presidente do Bundestag, foi como ministro das Finanças que se tornou mais familiar aos olhos dos portugueses. Recorde algumas das frases mais marcantes e/ou polémicas do político alemão, que morreu esta terça-feira, 26 de dezembro.

Mário Centeno é “o Ronaldo do Ecofin”

A analogia foi feita em 2017, numa altura em que Centeno já era apontado como possível candidato a substituir Jeroen Dijsselbloem na liderança do Eurogrupo. O antigo ministro das Finanças de Portugal viria ser eleito presidente do Eurogrupo no final do ano.

“Portugal vinha tendo muito sucesso até [à chegada] de um novo Governo”

As declarações foram proferidas em outubro de 2016, um ano depois de o Governo socialista ter assumido funções. António Costa criticou a falta de “tino” na declaração do ministro alemão. Na altura, o eurodeputado do PSD Paulo Rangel levou a polémica ao Parlamento Europeu (PE).

“Está a acontecer da forma como eu avisei o meu colega português [Mário Centeno] porque eu disse-lhe que se seguirem esse caminho vão tomar um grande risco e eu não tomaria esse risco”, acrescentou, numa Conferência em Bucareste.

“Tenho pena dos gregos. Eles elegeram um Governo que neste momento está a agir de forma irresponsável”

Não só o Governo português foi visado pelas palavras de Schäuble. O Governo grego, com Yanis Varoufakis à frente das Finanças, foi amplamente criticado pelo político alemão.

“Portugal irá cometer um enorme erro se não cumprir o que foi acordado. Os portugueses não querem um novo pacote de resgate e não precisam dele se cumprir as regras e os compromissos europeus”

Disse o político alemão numa Conferência de imprensa em Berlim, em junho de 2016, sobre a política financeira do Governo de Costa e as orientações recebidas durante a crise.

“Toda a gente no Governo tem o seu papel (…). Eu estou na política há muito tempo, sou relativamente velho, e isso dá-me uma certa dose de independência”

Em 2017, em declarações à Reuters, Schäuble defendeu-se com estas palavras quando apelou a uma mudança na Constituição que desse mais poderes ao Estado no combate ao terrorismo.

“Portugal deve estar ciente de que pode perturbar os mercados financeiros, se der impressão de que está a inverter o caminho que tem percorrido. O que será muito delicado e perigoso para Portugal”

Foram vários os alertas deixados por Schäuble ao longo da crise. Palavras deixadas no início da reunião do Eurogrupo, em 11 de Fevereiro de 2016

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