As redes criminosas procuram esconder as transações que fazem e, para tal, estão a fazer uso da possibilidade de fugir às autoridades com transações instantâneas de moedas digitais, de acordo com um estudo da plataforma Chainalysis.
As redes de lavagem de dinheiro estão a tornar-se mais sofisticadas e, para isso, estão a fazer uso de criptomoedas, pelas vantagens que estas apresentam. Ilícitos como o tráfico de narcóticos e fraude estão a passar cada vez mais por aqueles mercados, de acordo com um estudo da plataforma Chainalysis.
Destaca este estudo que são muitos os criminosos que usam os criptomercados pelos mesmos motivos que outras pessoas os usam para fins legítimos. Em causa está o facto de as moedas digitais serem transfronteiriças, permitirem fazer transferências instantâneas e as transações não terem, por norma, um custo adicional associado.
Trata-se de uma evolução do mundo do crime que, de acordo com as conclusões do estudo, obriga a alterações ao nível da investigação das autoridades. Nesse sentido, a “expertise em criptomoedas deve estender-se além das unidades especializadas em crimes cibernéticos para incluir atores de aplicação da lei de todos os tipos”.
Analisando de uma perspetiva mais otimista, “com os dados e ferramentas certos, os investigadores nos setores público e privado podem alavancar a transparência da blockchain para descobrir atividades ilícitas que, de outra forma, poderiam passar despercebidas”, assinala-se.
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