O antigo atleta olímpico Domingos Castro vai candidatar-se à presidência da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), revelou esta quinta-feira o próprio à agência Lusa, anunciando que a apresentação está marcada para 23 de abril.
Dois dias depois de o vice-presidente da FPA Fernando Tavares ter assumido a candidatura à sucessão de Jorge Vieira na presidência do organismo que rege o atletismo nacional, Domingos Castro também confirmou o seu avanço.
"Vamos apresentar a candidatura no dia 23 de abril, às 11:00, num sítio emblemático para mim e para o atletismo português. Estamos a trabalhar há muitos meses nesta candidatura, que tem a lista completa, maioritariamente constituída por antigos atletas e que vai revolucionar a FPA, pensando primeiro nos atletas, em segundo nos atletas e em terceiro nos atletas", afirmou Domingos Castro, numa declaração à Lusa.
Domingos Castro, de 60 anos, junta-se a Fernando Tavares, atualmente um dos quatro 'vices' em funções no organismo, da mesma idade, na 'corrida' à presidência da FPA, que é liderada desde 2012 por Jorge Vieira, a cumprir o terceiro e derradeiro mandato permitido por lei.
As eleições para a FPA vão realizar-se apenas após os Jogos Olímpicos Paris2024, agendados entre 26 de julho e 11 de agosto.
Contactado pela Lusa, Domingos Castro remeteu mais detalhes sobre a candidatura para a apresentação, rematando: "Sinto que vou ganhar, estou com uma confiança enorme, tal como sentia quando iniciava uma corrida".
Domingos Castro foi vice-campeão do mundo dos 5.000 metros em 1987 e esteve presente em Jogos Olímpicos, tendo como melhor resultado o quarto lugar na distância em Seul1988, detendo ainda os recordes nacionais de 20 e de 25 quilómetros desde 1999 e 1996.
O antigo fundista, que nasceu em Guimarães, em 22 de novembro de 1963, foi ainda quinto nos 10.000 dos Europeus (1986), segundo nos Mundiais de estafetas em estrada (1992) e nos Europeus de corta-mato (1994) e conquistou as maratonas de Paris (1995) e de Roterdão (1997).
Jorge Vieira cumpre no atual ciclo olímpico o seu terceiro e último mandato, após ter derrotado por duas vezes António de Carvalho Nobre, em 2016 e em 2020, e Leonel Carvalho, em 2012, quando sucedeu a Fernando Mota, que presidiu à direção da FPA durante 20 anos.
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