‘Desabafo’ do ex-presidente ter-se-á dado quando também afirmou que “a NATO está morta” e ameaçou deixar a aliança atlântica.
Donald Trump disse ao presidente da Comissão Europeia em 2020 que os Estados Unidos “nunca viriam ajudar” se a Europa fosse atacada – isto na sequência de ter afirmado, como é sobejamente conhecido, que “a NATO está morta”. O ‘acrescento’ é noticiado em vários jornais europeus, que citam uma troca de palavras entre Trump e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no Fórum Económico Mundial de Davos, em 2020, agora descrita por Thierry Breton, comissário europeu francês responsável pelo Mercado Interno.
“Você precisa de entender que, se a Europa está sob ataque, nunca viremos ajudá-la e apoiá-la”, disse Trump, de acordo com Breton, que falava no Parlamento Europeu. Segundo o Comissário, Trump também ainda que, “a propósito, a NATO está morta, e nós vamos sair, vamos sair da NATO”. Trump acrescentou: “E, a propósito, você deve-me 400 mil milhões de dólares, porque não pagaram, vocês alemães, o que têm que pagar pela defesa do vosso país”.
Como ministra da Defesa da Alemanha, Von der Leyen estava entre as autoridades europeias que rechaçaram as pretensões de Trump na questão do financiamento da NATO. Mas as ameaças de deixar a NATO e as exigências de que os países europeus aumentassem as contribuições (até aos 2% do PIB, como estava previamente combinado) foram entendidas como uma submissão a Vladimir Putin, presidente da Rússia.
O Comissário Thierry Breton alertou ainda para o facto de que “ele pode voltar” – apesar de Trump enfrentar 91 acusações criminais. Mas convém recordar que Trump está à frente de todas as sondagens sobre os seus rivais republicanos: Ron DeSantis, governador de extrema-direita da Flórida, e Nikki Haley, ex-governadora da Carolina do Sul e embaixadora na ONU. Já as sondagens sobre uma eleição geral entre Trump e Joe Biden mostram uma disputa muito próxima, com Trump na liderança.
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