Donald Trump: o primeiro dia do resto da sua vida de candidato

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Está a começar por esta altura, no Supremo Tribunal dos Estados Unidos, a alegação da defesa do antigo presidente para o livrar da acusação de participação em insurreição. E para poder continuar a ser candidato à Casa Branca.

O circo do costume – centenas de apoiantes do antigo presidente Donald Trump – já está instalado às postas do Supremo Tribunal dos Estados Unidos, à espera de decisão sobre se o também candidato às primárias republicanas pode ou não ser o que é. Os advogados de Trump levam esta quinta-feira ao Supremo dos Estados Unidos a pretensão de impedir o candidato de ser expulso das eleições presidenciais estaduais pelo seu envolvimento no ataque ao Capitólio em 2021.

Os nove juízes, três dos quais indicados por Trump quando era presidente, ouvirão argumentos do recurso da decisão de um tribunal inferior de desqualificar o ex-presidente das primárias republicanas do Colorado sob a 14ª Emenda da Constituição.

A Secção 3 da 14ª Emenda proíbe de exercer cargos públicos qualquer “oficial dos Estados Unidos” que tenha feito um juramento “de apoiar a Constituição dos Estados Unidos” e em seguida esteja “envolvido em insurreição ou rebelião contra o mesmo, ou dando ajuda ou conforto aos inimigos dos mesmos”.

Segundo avança a agência Reuters, Trump não deve estar presente nos debates marcados para este momento. Em vez disso, começou o dia na sua casa na Flórida e viajou para o Nevada – onde esta noite decorre o caucus de nomeação que Trump deve ganhar com uma folga substancial sobre Nikki Haley, a sua única adversária.

A decisão de 19 de dezembro do principal tribunal do Colorado surgiu no quadro de uma iniciativa mais ampla (e malsucedida) para o desqualificar como candidato às primárias em quase metade dos Estados do país, sempre com o argumento dos ataques ao Capitólio a 6 de janeiro de 2021.

Segundo a mesma fonte, o caso do Colorado levanta questões importantes para o Supremo, que tem maioria conservadora de 6 a 3. Os advogados de Trump argumentam que o candidato não está sujeito à desqualificação porque um presidente não é um “oficial dos Estados Unidos”, que a disposição não pode ser aplicada por tribunais sem legislação do Congresso e que o ex-presidente não se envolveu em nenhuma insurreição.

Os juízes podem resolver o caso sem decidirem explicitamente se Trump se envolveu ou não numa insurreição. O caso também difere muito dos processos criminais contra o candidato.

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