Draghi revela “declínio” europeu face a EUA/China em “diagnóstico cruel”

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Excesso de burocracia, aversão ao risco ou energia cara são apenas alguns dos problemas apontados pelo italiano no seu relatório. Financiamento e consenso para aprovar medidas são desafios-chave.

O declínio europeu é um segredo mal-guardado. Todos os decisores europeus sabem-no, mas andam perdidos em guerras políticas internas e externas com a preocupação de ganhar as próximas eleições e de tentar agradar constantemente à opinião pública, mas também a poderosos lobbies. Os Estados Unidos ganham vantagem e a China ultrapassa a UE, fruto de um grande desenvolvimento tecnológico, apoiado, sem timidez, por Pequim. Tarifas alfandegárias que, para alguns, deviam ter sido impostas há década, são agora aplicadas a carros elétricos chineses, de qualidade e a preços competitivos, que serão cruciais para a descarbonização da Europa, que é, afinal, uma das grandes bandeiras de Bruxelas para os próximos anos.

Pode estar a Europa num processo de hipernormalização? Em que todos estão cientes do seu declínio, mas fingem que tudo está bem? O termo foi cunhado pelo antropologista Alexei Yurchak para descrever o declínio da União Soviética. Sem alternativas à vista, todos se limitaram a aceitar a degradação da sociedade, como se nada fosse, até ao fim da URSS.

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