Dúvidas sobre Boeing aumentam depois de três novos incidentes

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09 mai, 2024 - 07:25 • Lusa

Três aviões Boeing estiveram recentemente envolvidos em outros tantos incidentes nos Estados Unidos, Canadá e Turquia, aumentando as dúvidas sobre as aeronaves desta empresa quando as autoridades federais norte-americanas investigam os seus controlos de qualidade e segurança.

A Air France indicou, em comunicado, que o avião transportava 272 pessoas (260 passageiros e 12 tripulantes) e que foi forçado a fazer uma aterragem de emergência por volta das 12:00 locais (17:00 em Lisboa).

A companhia aérea francesa enviou esta quarta-feira um avião de substituição de Montreal para transportar passageiros para Nova Iorque e desde lá continuar a viagem até ao destino final em Seattle, enquanto investiga as causas do cheiro a queimado.

Também esta quarta-feira, um Boeing 737-900 da Alaska Airlines que voava para Seattle a partir de Cincinnati fez outra aterragem de emergência pouco depois da descolagem, depois de um dos seus dois motores ter falhado, segundo relatos dos meios de comunicação locais.

A estação de televisão Kiro7 de Seattle disse que o avião aterrou em segurança em Cincinnati e ninguém ficou ferido.

O terceiro incidente ocorreu também esta quarta-feira, quando um avião cargueiro Boeing 763 da empresa de logística norte-americana FedEx, proveniente de Paris, aterrou de nariz em Istambul, sem causar vítimas.

As autoridades turcas disseram que uma aparente falha hidráulica impediu o acionamento do trem de pouso dianteiro.

Os três novos incidentes acrescentam mais dúvidas sobre a empresa, noticiou a agência Efe.

Em 06 de maio, foi divulgado que as autoridades federais dos EUA estão a investigar a Boeing depois da fabricante de aeronaves ter admitido, em abril, que "pode não ter concluído" as inspeções na montagem das asas de algumas aeronaves 787 Dreamliner.

A investigação começou depois que um ex-funcionário da empresa, o engenheiro Sam Salehpour, relatou que a fuselagem do 787 Dreamliner está mal montada e corre risco de quebrar em pleno voo.

Antes da denúncia, a fabricante de aeronaves já estava mergulhada em uma crise profunda em decorrência de sérios problemas de qualidade em suas aeronaves 737 MAX, que também estão a ser investigados pela Administração Federal de Aviação (FAA).

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