E lá vão sete!

5 meses atrás 48

Está dado o pontapé na malapata recente! O Sporting venceu por 1-0 no reduto do Famalicão, depois de nas cinco ultimas deslocações a Famalicão, só ter vencido uma. À boleia de um golo de Pedro Gonçalves - que já não marcava há mais de um mês - os leões alargaram para sete os pontos de vantagem sobre o Benfica e colocaram quase uma mão no troféu de campeão. 

Os verde e brancos controlaram praticamente durante todo o jogo - com alguma tremideira na parte final - e não há registo de qualquer defesa de Franco Israel. Trincão e Bragança voltaram a desfilar em campo, na partida que aplicou a primeira derrota de Armando Evangelista ao leme do Famalicão, ao quarto jogo.

Marcar e controlar: a receita para o título

Mais de dois meses depois da data original, finalmente Famalicão e Sporting defrontaram-se no Minho. Rúben Amorim lançou Coates para o centro da defesa (Diomande passou para central à direita), Nuno Santos substituiu Esgaio e Hjulmand voltou ao onze para a saída de Morita. Já Armando Evangelista, sem contar com Francisco Moura e Mihaj por castigo, passou Nathan para a lateral canhota, entrando Martin, e o capitão Riccieli entrou no onze, tal como Chiquinho, que falhou o jogo no Dragão por suspensão (Sorriso regressou ao banco). 

Pote inaugurou o marcador @Rogério Ferreira / Kapta+

Como já era expectável, o Sporting começou com mais iniciativa, mas com algumas dificuldades em bater a pressão famalicense. Quando os leões realmente conseguiam furar o bloco famalicense - principalmente à direita -, criaram perigo. Gyokeres não conseguiu concretizar de cabeça e, de seguida, Daniel Bragança teve a primeira grande chance. O médio recebeu em zona frontal e atirou um míssil à baliza de Júnior. O brasileiro defendeu de forma espetacular e , com sorte à mistura, não colocou a bola na sua baliza com as costas por pouco.

Aos 20´, abriu o restaurante de Alvalade. Bragança interceptou um passe no meio campo ofensivo e depois Pedro Gonçalves, Gyokeres e Trincão fizeram o resto. Sempre ao primeiro toque, o trio ofensivo do Sporting cozinhou a vantagem e serviu-a pelo chef Pedro Gonçalves, com Estrela Michelin no que toca a marcar ao Famalicão. Foi o quarto golo do internacional português à antiga equipa, desde que abandonou os famalicenses.

O Sporting foi controlando à sua mercê, mas ainda tremeu nos últimos cinco minutos do primeiro tempo. Após algumas faltas em zona perigosa dos leões, o Fama rondou as imediações da área, mas não passou disso. Diomande e Bragança acabaram amarelados e o costa-marfinense até arriscou o segundo. 

É preciso saber sofrer

O cartão amarelo de Diomande levou Amorim a não correr riscos e a lançar Quaresma. O central formado em Alcochete entrou logo com provas de fogo com Chiquinho - que desequilibrou muito no primeiro tempo - e impôs-se de forma de forma imperial nos duelos defensivos, acrescentando a qualidade com bola que já é habitual.

Sem muita acutilância ofensiva, os de Alvalade foram chamando mais a pressão do Famalicão para o seu meio-campo, para lançar Gyokeres na profundidade. O sueco foi levando a defesa adversária até à sua linha de fundo, mas sem nenhuma ação prática a resultar disso, também pela eficiência famalicense no momento de marcação ao melhor marcador do campeonato.

As oportunidades, de parte a parte, foram praticamente nulas. Israel foi quase um espectador, dadas as poucas vezes em que interveio. Trincão foi perfumando o jogo pela direita, mas as tentativas de cruzamento acabaram sempre cortadas. 

Os últimos dez minutos foram de sufoco para os leões. O Famalicão foi buscar forças onde não sabia que tinha e aplicou um pressing final no meio campo ofensivo, com muitos cruzamentos. Israel continuou sem trabalho e destaque para a eficácia de Coates nos duelos aéreos.

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