Economia nacional registou capacidade de financiamento de 2,8% no terceiro trimestre

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Apenas as empresas não financeiras não conseguiram registar um saldo positivo e, portanto, sem capacidade de financiamento, enquanto do lado das famílias ainda se sentem os efeitos da elevada procura por certificados do Tesouro.

A economia portuguesa financiou o resto do mundo em 2,8% do PIB no ano terminado no terceiro trimestre de 2023, fruto de saldos positivos no sector financeiro, famílias e administrações públicas que chegaram para compensar a necessidade de financiamento das empresas não financeiras.

Os dados do Banco de Portugal (BdP) divulgados esta quarta-feira mostram que, no ano terminado no terceiro trimestre de 2023, a economia nacional registou uma capacidade de financiamento sobre o exterior, com destaque para o saldo positivo registado junto dos particulares. As famílias financiaram as administrações públicas em 6,2% do PIB, um resultado com forte impacto da elevada subscrição de certificados do Tesouro.

“A transferência dos ativos e das responsabilidades do Fundo de Pensões da Caixa Geral de Depósitos para a Caixa Geral de Aposentações, ocorrida no primeiro trimestre de 2023, também contribuiu, em 1,2% do PIB, para o financiamento líquido dos particulares às administrações públicas”, lê-se na nota do banco central.

Com este financiamento, as administrações públicas conseguiram, por sua vez, financiar os restantes sectores. O financiamento líquido ao resto do mundo e às sociedades financeiras, que chegou a 4,1% e 2,3% do PIB, respetivamente, foi motivado “pela redução das aplicações destes dois setores em títulos de dívida pública”.

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