EDP perde quota de mercado em clientes nos mercados de eletricidade e gás

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A companhia lidera os dois mercados em termos de clientes, mas a sua quota de mercado recuou no espaço de um ano.

A EDP tem vindo a perder quota de mercado em termos de clientes nos mercados liberalizados de eletricidade e de gás natural em Portugal, mas mantém a sua liderança em ambos.

Entre maio de 2023 e maio de 2024, a companhia viu a sua quota a recuar de 70% no mercado de eletricidade para os 65%, em clientes, preservando o primeiro lugar.

Em termos de consumo, a sua quota recuou de 40% para os 37%, segundo o boletim divulgado esta quarta-feira pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

E o mercado liberalizado até cresceu, ganhando mais de 20 mil clientes residenciais no espaço de um ano.

Já no gás natural, o recuo da EDP foi menor: de 44% para 41% em termos de clientes, mantendo a liderança.

Este mercado ganhou cerca de três mil clientes residenciais num ano.

Em termos de consumo, o mercado nacional é dominado pela Galp que subiu mais de dois pontos percentuais no espaço de um ano para mais de 51%.

Já o mercado de gás com tarifa regulada ganhou 13 mil clientes residenciais. Na eletricidade, perderam-se 73 mil clientes regulados num ano.

No mercado de eletricidade, no ranking do número de clientes, a segunda posição é ocupada pela Endesa (11%), seguida da Goldenergy (8%), Iberdrola (5%), Galp (5%), Meo Energia (1%), Repsol (1%).

Em termos de consumo anualizado na eletricidade, a Endesa também ocupa a segunda posição (18%), seguida da Iberdrola (17%) e Galp (6%).

Quem domina nos diversos segmentos de eletricidade? No mercado residencial, a EDP lidera com 60%, mas registou um recuou de quase oito pontos percentuais no espaço de um ano.

Nos pequenos negócios, mais uma vez, a EDP lidera com 44%.

Nos clientes industriais, a concorrência é grande. Apesar de a EDP dominar com quase 24%, a Endesa e a Iberdrola contam com 21% cada.

Já nos grandes consumidores, a liderança é da Iberdrola com 31%, seguida da Endesa com 22%.

No mercado de gás natural, a Galp ocupa a segunda posição (21%), seguida da Goldenergy (18%) e da Endesa (12%).

Por consumo, a Naturgy surge na segunda posição (19%), seguida da Goldenergy (8%), da Endesa (8%) e da EDP (7%).

Por segmentos, no gás natural, a EDP lidera entre os residenciais com 40%, seguida da Galp (21%), da Goldenergy (19%) e da Endesa (14%).

Nos pequenos negócios, a EDP volta a liderar, com 38%, seguida pela Galp (26%) e da Goldenergy (17%).

Entre os clientes industriais, a Galp lidera com 39% de quota, seguida da Goldenergy com 22%, da EDP com 13%, e da Naturgy com 11%.

Nos grandes consumidores, a Galp lidera à distância com 57%, seguida da Naturgy com 22%.

EDP: Vendas e clientes de eletricidade e gás desceram no primeiro semestre

As vendas de eletricidade e de gás natural do grupo EDP recuaram no primeiro semestre em Portugal e Espanha.

Na eletricidade, as vendas recuaram 9% na Ibéria para 13.757 GWh, “refletindo principalmente a diminuição de volumes vendidos a clientes empresariais em Espanha”, anunciou a EDP a 15 de julho.

Em Portugal, as vendas desceram 3% no mercado liberalizado e caíram 13% no mercado regulado. Em Espanha, afundaram 19% para 4.144 GWh.

No gás, as vendas totais na Ibéria recuaram 11% para 2.577 GWh. Em Portugal, afundaram 24% no mercado liberalizado para os 958 GWh, tendo subido 17% para 302 GWh no mercado regulado. Em Espanha, as vendas de gás desceram 4% para 1.317 GWh.

Já o número de clientes de electricidade ibéricos recuou 6% durante este período para um total de 4,5 milhões, com o número de clientes de gás a recuar 5% também nos dois países. Tanto no mercado liberalizado de gás em Portugal, como em Espanha, o número de clientes desceu 6%.

Olhando para os preços praticados no mercado spot ibérico no primeiro semestre, o preço recuou 56% para 39,1 euros/MWh.

Já o coeficiente de hidraulidade em Portugal subiu 77% para 1,40 (sendo que um ano médio corresponde a 1,0); em Espanha, subiu 86% para 1,30.

A companhia apresenta os seus resultados semestrais no dia 30 de julho.

As centrais hídricas da EDP na Ibéria produziram mais 65% de eletricidade no primeiro semestre deste ano face a período homólogo, num total de 7.782 GWh. No Brasil, estas centrais produziram mais 38%; no total, a produção hídrica da companhia subiu 56% para 11.176 GWh.

Em termos de energia eólica, a produção manteve-se estável nos 16.600 GWh, com destaque para a subida de 11% na América do Norte e o recuo de 1% na Europa.

Em termos de energia solar fotovoltaica, a produção subiu 69% para 2.473 GWh, com destaque para o disparo de 250% na Europa e para a subida de 90% na América do Norte.

No caso de combustíveis fósseis, a produção a partir de gás natural recuou 72%, enquanto que a produção a carvão desceu 98%.

Em termos de nova capacidade, o grupo EDP adicionou 3,1 gigawatts de nova potência eólica e solar atingindo um total de 17,1 gigawatts em junho, mais 11% face a período homólogo.

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