EDP Renováveis cai acima de 4% e Lisboa perde mais do que as bolsas europeias

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As cotadas do setor energético registaram perdas acentuadas, na medida em que EDP e Greenvolt também caíram, além dos 2%. O sentimento negativo estendeu-se ao continente europeu, mas de forma menos intensa do que na bolsa nacional.

A EDP Renováveis registou um tombo expressivo na sessão bolsista desta terça-feira e empurrou o índice PSI para perdas mais acentuadas do que aquelas que foram observadas nas principais congéneres europeias. O índice PSI recuou 1,12% e ficou-se pelos 6.554 pontos.

A cotada da energia registou a perda mais forte, na ordem de 4,25%, pelo que as ações terminaram o dia nos 13,06 euros. De resto, o dia foi de perdas para o setor em geral, na medida em que a parceira EDP 2,79%, até aos 3,757 euros, ao passo que a Greenvolt caiu 2,95%, para 8,055 euros. Em simultâneo, a Jerónimo Martins escorregou 1,96% e ficou-se pelos 16,50 euros.

No ‘verde’, o ganho mais acentuado foi protagonizado pelos títulos da Ibersol, em 1,13%, para os 7,14 euros, enquanto o BCP se adiantou 0,89% e alcançou os 0,4322 euros nas negociações.

Também entre os mais importantes índices europeus se denotou sentimento negativo, na sequência de o FMI manter em 3,2% as expetativas de crescimento económico global. As maiores perdas tiveram lugar em Itália e atingiram 0,70%. Alemanha e Reino Unido recuaram perto de 0,17%. Em Espanha, França e no índice agregado Euro Stoxx 50, as perdas foram ainda mais leves, já que não foram além de 0,04%.

Futuros do barril de Brent sobem 2,26%, para 75,97 dólares, ao passo que o crude está a avançar 2,47%, até aos 71,77 dólares por barril.

No mercado cambial, o euro recua 0,10% face ao dólar, pelo que um euro está a ser negociado por 1,0804 dólares.

As bolsas europeias encerraram em baixa, no dia em que o FMI cortou as perspetivas de crescimento global para o próximo ano”, assinala-se na análise do departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.

Os analistas lembram ainda que o FMI “alertou sobre os riscos crescentes de guerras ao protecionismo comercial, ao mesmo tempo em que deu crédito aos bancos centrais por controlarem a inflação sem levarem os países à recessão”.

“Ainda assim notou-se um alívio do sentimento negativo durante a tarde. O setor tecnológico esteve entre as melhores performances, puxado pela boa reação às contas da SAP e pela ASML, após uma entrevista da Bloomberg ao CEO do grupo”, pode ler-se na mesma análise.

“Mais pressionado esteve o PSI, arrastado pela queda superior a 4% da EDP Renováveis e que condicionou também a EDP, refletindo o ambiente negativo no setor das utilities”. A justificar poderá estar a subida das yields de dívida soberana, ajustada a perspetivas de menores descidas de juros que o mercado estava a prever recentemente.

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