Egito constrói campo fechado no Sinai para acolher palestinianos

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O Wall Street Journal afirma, citando responsáveis e peritos em segurança, que "um recinto fechado de 13 quilómetros quadrados" foi contruído na fronteira com o território palestiniano devastado por mais de quatro meses de guerra entre Israel e o Hamas.

Este campo faz parte dos "planos de emergência" para acolher refugiados, após o anúncio do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de uma próxima ofensiva militar no sul de Rafah, e poderá receber "mais de 100.000 pessoas", segundo o diário norte-americano.

Desde o início da guerra, o Cairo preparou-se para a "deslocação forçada" da população palestiniana em direção ao Sinai, enquanto 1,4 milhões de pessoas, a maioria em fuga dos combates, se alglomeram nesta cidade, apoiada pela fronteira fechada com o Egito.

Os dirigentes palestinianos, a ONU e vários países, estão alarmados com as consequências catastróficas de uma ofensiva, para a população, e denunciaram o surgimento de uma nova vaga de refugiados sem perspetivas de retorno.

Num relatório publicado esta semana, a Fundação do Sinai para os direitos humanos afirmou que o Egito construiu "uma zona fechada de alta segurança e isolada" para os refugiados palestinianos, "em caso de êxodo em massa".

O governador do Norte do Sinai, Mohamed Abdel Fadil Choucha, desmentiu qualquer construção deste tipo, mas a ONG egípcia sublinhou que dois chefes de empresas locais confirmaram a obtenção dos contratos para construir uma área fechada "rodeada por muros de sete metros de altura".

Imagens de satélite captadas na quinta-feira e analisadas pela AFP mostram máquinas de construção a erguer um muro na parte egípcia de Rafah, um setor ultra seguro e interdito à imprensa, devido às operações militares contra os jihadistas.

O terreno foi igualmente aplanado, segundo as imagens obtidas entre 10 e 15 de fevereiro.

A guerra foi desencadeada por um ataque do Hamas, em 07 de outubro, contra o sul de Israel, que causou a morte a mais de 1.160 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP a partir de dados oficiais israelitas.

Em represália, Isarel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que fez 28.775 mortos, na grande maioria civis, segundo o mais recente balanço, divulgado na sexta-feira pelo Ministério da Saúde do Hamas.

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