Eleições Moçambique. Ossufo Momade atira-se à Frelimo prometendo "varrer" o país

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O candidato presidencial Ossufo Momade, líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo, maior partido da oposição), promete "varrer" o país, criticando o Governo "irresponsável" da Frelimo, que lidera Moçambique desde 1975.

"Temos de varrer o sofrimento, temos de varrer a falta de medicamentos nos hospitais, temos de varrer a falta de cadeiras nas escolas. Por isso tenho esta vassoura. Esta vassoura vai varrer todo o país", afirmou Ossufo Momade, num comício na província de Manica, na noite de segunda-feira.

De vassoura na mão, a falar aos apoiantes, o candidato presidencial, que volta a concorrer ao cargo tal como em 2019, garantiu: "O sofrimento do nosso povo vai acabar com esta vassoura".

Numa província, no centro do país, outrora fortemente industrializada, o líder da Renamo direcionou as críticas ao "Governo irresponsável" da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder desde a independência).

"As fábricas saíram (...) Com a Frelimo não há nada que vá acontecer", acusou, dirigindo-se ainda ao candidato presidencial Daniel Chapo, apoiado pelo partido no poder.

"Vai governar com aquelas pessoas medíocres, aquelas pessoas que deixaram o país de joelhos", apontou.

A campanha para as eleições gerais em Moçambique termina este domingo.

"Nós temos projetos para mudar Moçambique, mas para isso acontecer está na vossa responsabilidade, porque vocês é que vão votar. O Ossufo sozinho não vai poder mudar Moçambique", disse ainda o candidato e líder do maior partido da oposição.

Moçambique realiza em 09 de outubro as sétimas eleições presidenciais, às quais já não concorre o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite constitucional de dois mandatos, em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.

Mais de 17 milhões de eleitores estão inscritos para votar, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro, de acordo com dados da Comissão Nacional de Eleições.

Além de Ossufo Momade e Daniel Chapo, concorrem à Presidência da República nestas eleições Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro partido mais representado no parlamento, e Venâncio Mondlane, ex-membro e ex-deputado da Renamo, apoiado pelo Partido Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), movimento sem representação parlamentar.

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