“Aquilo que poremos em primeiro lugar é o que é que estará disponível a força política em condições de fazer Governo para fazer avançar as nossas causas”, indicou a líder do PAN no debate com Pedro Nuno Santos.
Os líderes do PS e do PAN encontraram-se este sábado para o primeiro debate antes das eleições. Questionados sobre uma possível união para viabilizar um Governo, Pedro Nuno Santos e Inês Sousa Real dizem que ‘logo se vê’.
“O nosso primeiro compromisso é para com os portugueses. É para com as causas que representamos”, indicou Inês Sousa Real no arranque do debate. Sobre a possibilidade do PAN vir a ter um lugar no Executivo, caso o PS vença as eleições sem maioria absoluta, a líder do partido é vaga e diz só que o PAN “tem feito a diferença”.
“Aquilo que poremos em primeiro lugar é o que é que estará disponível a força política em condições de fazer Governo para fazer avançar as nossas causas”, indicou no debate que teve lugar na CNN Portugal. Sobre um diálogo de coligação, a conversa “só será possível após 10 de março”.
E o PS considera coligar-se com o PAN caso não consiga maioria absoluta? Atualmente “estamos focados na vitória”, disse Pedro Nuno Santos. “Depois da configuração parlamentar que sair das eleições, veremos qual é a melhor solução que permite ao PS liderar um Governo e implementar as suas ideias e programa”.
“Ambiguidade” ou “centro-progressista”?
Apesar do passado entre os dois partidos, nenhum dos dois líderes se quer comprometer com uma futura ligação.
Durante o debate, Pedro Nuno Santos fez questão de referir o acordo entre o PAN e o PSD na Madeira. “Não deixa de ser curioso a ambiguidade do PAN em relação ao centro-esquerda e centro direita”, atirou o socialista.
Inês Sousa Real foi rápida a responder, assumindo que o PAN é “centro-progressista”.
Na mesma resposta, a líder do PAN adiantou que existem realidades diferentes entre a Madeira e o continente e, como tal, exigem soluções diferenciadas.