Em 63 dias de Governo já houve seis demissões de responsáveis

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04 jun, 2024 - 18:29 • João Malheiro

Executivo exonerou responsáveis de áreas como a Saúde, Educação e Segurança.

Já lá vão 63 dias desde que o Executivo liderado por Luís Montenegro tomou posse, a 2 de abril. Desde então, já houve pelo menos seis entidades que tiveram a sua liderança alterada, por demissões ou exonerações.

Tudo começou a 23 de abril, 22 dias depois da tomada de posse, quando Fernando Araújo apresentou a demissão de toda a Direção Executiva do SNS. Uma demissão para permitir à nova ministra da Saúde, que tinha tido um conflito com o então CEO do SNS, para "executar as políticas e as medidas que considere necessárias".

Entretanto, o tenente-coronel António Gandra d'Almeida assumiu o cargo da Direção Executiva do SNS.

Meros sete dias depois do anúncio da saída de Fernando Araújo, a 29 de abril, o Governo exonerou Ana Jorge da administração da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Governo justificou decisão com "incapacidade" da administração em tomar decisões para resolver os graves problemas na instituição

Paulo Alexandre Sousa foi o escolhido para assumir o cargo de Ana Jorge.

Já em maio, a 6, o mês começou com a demissão de José Barros Correia, super-intendente chefe da PSP. O Ministério da Administração Interna justificou a decisão com a necessidade de fazer uma "reestruturação operacional".

O novo escolhido do Governo para o cargo foi Luís Correia.

Na mesma semana, a presidente do Instituto da Segurança Social, Ana Vasques, apresentou demissão à ministra do Trabalho, alegando sentir "falta de confiança" por parte do Governo. Em substituição, foi nomeado Octávio Félix de Oliveira.

Já esta semana, a 3 de junho, o Ministério da Economia decidiu dissolver a administração da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP). O economista e professor universitário Ricardo Arroja foi a escolha para suceder a Filipe Santos Costa na liderança da agência, para dar "um novo impulso" à mesma.

Por fim, um dia depois, esta terça-feira, o Governo decidiu substituir a comissão de acompanhamento de ações de prevenção do assédio no ensino superior, acusando-a de "não ter produzido quaisquer resultados".

O Executivo promete criar uma nova comissão, "para acompanhar a implementação de ações para prevenir e combater o assédio nas Instituições de Ensino Superior".

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