Emissão de títulos do Estado supera amortizações em 1,5 mil milhões de euros

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No final de junho de 2024, o valor total de títulos de dívida emitidos por entidades residentes era de 295,3 mil milhões de euros, mais 2,8 mil milhões de euros do que no final do mês anterior, mostram dados do Banco de Portugal.

O valor total de títulos de dívida emitidos por entidades residentes era de 295,3 mil milhões de euros no final de junho, mais 2,8 mil milhões de euros do que no final do mês anterior, com as emissões das administrações públicas a superarem as amortizações em 1,5 mil milhões de euros.

Os dados foram divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal, detalhando ainda que para a variação do valor total de títulos de dívida emitidos contribuíram também as emissões de títulos de dívida das empresas não financeiras, que excederam as amortizações em 700 milhões de euros.

O regulador menciona ainda as valorizações dos títulos de dívida pública e dos títulos de dívida do sector financeiro, de 300 e 200 milhões de euros, respetivamente.

De acordo com o Banco de Portugal, “no final de junho, estavam previstas, para os 12 meses seguintes, amortizações de 39 mil milhões de euros, o que correspondia a 13,2% do stock de títulos de dívida vivos naquela data”.

Entre as amortizações previstas estão 700 milhões de euros de títulos do sector financeiro, entre outubro e dezembro de 2024, mas também 2,7 mil milhões de euros de títulos das administrações públicas, em julho de 2024, e 5,5 mil milhões de euros entre setembro e outubro de 2024. Isto além de 5,3 milhões de euros de títulos de empresas não financeiras, em julho de 2024.

“Estas amortizações correspondem, em larga medida, a papel comercial, um instrumento de financiamento de curto prazo muito utilizado pelas empresas portuguesas e que é habitualmente objeto de renovação, isto é, de amortização acompanhada de nova emissão, igualmente de curto prazo. É, por isso, uma situação normal registar-se, sistematicamente, um valor elevado de amortizações calendarizadas para o mês seguinte”, indica o regulador.

Os dados mostram ainda que o stock de ações cotadas emitidas por entidades residentes atingiu os 63,6 mil milhões de euros no final de junho, menos 300 milhões de euros do que no final do mês anterior. Para esta variação, indica, “contribuíram essencialmente as desvalorizações de ações cotadas de empresas não financeiras e do setor financeiro, de 2,7 mil milhões e 500 milhões de euros, respetivamente”.

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