Empresários pedem fim de restrições a veículos turísticos no Porto

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Uma semana depois da entrada em vigor do projeto-piloto de restrição ao trânsito de veículos turísticos no centro do Porto, vários empresários do setor manifestaram o seu descontentamento na Assembleia Municipal do Porto, que decorreu na segunda-feira a noite.

"Apresentamos a cidade e o nosso património. Fazemos a primeira introdução à cidade do Porto", afirmou Ruben Batista, empresário da animação turística que, fruto da entrada em vigor do projeto-piloto tem visto a faturação da empresa "cair a pique", com cancelamentos constantes que "põe em risco o negócio".

"Nunca poderemos ser substituídos por transportes públicos", defendeu o empresário, apelando para que as restrições sejam removidas e para que o município ouça os operadores.

Também Romeu de Oliveira lamentou a "discriminação sem precedentes" ao setor e acusou o município de estar a "tentar varrer uma atividade do centro histórico".

"Foi encetada uma autêntica caça aos tuk-tuks", considerou, dizendo que no espaço de uma semana foram mais de 80% os cancelamentos e estimou que, até ao final do mês, os prejuízos ascendam a mais de 30 mil euros, colocando em risco oito postos de trabalho.

"Estas restrições não afetam apenas o nosso setor, mas os que dependem umbilicalmente dos nossos serviços", lembrou, manifestando também disponibilidade para colaborar com a autarquia, mas "sem sacrificar as empresas".

Restrições impostas pela autarquia

Em 1 de outubro entrou em vigor um projeto-piloto de restrição ao trânsito de veículos turísticos, que durará um ano. Os operadores ficam sujeitos a um regime de autorização prévia por parte do município.

Atualmente, apenas um comboio turístico e autocarros de dois andares "hop-on, hop-off" podem circular numa zona delimitada no centro do Porto, ao abrigo de licenças municipais.

Como foi interposta uma ação em tribunal com vista a suspender a atribuição de licenças por parte da câmara, não há atualmente licenças para "tuk-tuks" ou autocarros de serviço ocasional.

O acesso, circulação e paragem para tomada e largada de passageiros podem ser autorizados pelo município "mediante a capacidade da infraestrutura" e restrições horárias.

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