“Mesmo os despedimentos não podem ser descartados”, diz um especialista do instituto alemão Ifo esta terça-feira. Sectores da indústria e construção são os mais preocupantes. TI continua a fazer esforços de recrutamento significativo.
As empresas da Alemanha estão a antecipar contratar menos trabalhadores. É esta a conclusão do novo barómetro do emprego do instituto económico alemão Ifo, que caiu para 94,9 pontos no segundo mês do ano, abaixo dos 95,5 pontos registados em janeiro.
“Com a economia tão lenta, as empresas estão a adiar a contratação de pessoas novas. Mesmo os despedimentos não podem ser descartados”, explica esta terça-feira o diretor de Inquéritos do Ifo, Klaus Wohlrabe.
A diminuição do barómetro do emprego da maior economia do mundo é acompanhada por perspetivas menos positivas para o sector da indústria, onde existem mesmo sinais de “cortes de empregos”.
“Isto aplica-se a quase todas as indústrias e também ao comércio. Os fracos gastos dos consumidores são um problema, em particular, para os retalhistas de papelaria, que procuram gerir os negócios nos dias de hoje com menos pessoal”, lê-se no relatório sobre o mercado laboral alemão.
O mesmo está a suceder no sector da construção. “A situação difícil na construção reflete-se no desenvolvimento do número de trabalhadores. Embora o barómetro ainda seja ligeiramente positivo no sector dos serviços, os esforços de recrutamento abrandaram consideravelmente”, constata o Ifo.
Boas notícias na tecnologia, onde a vontade de contratar prestadores de serviços e consultores de TI se mantém forte.
Em 2023, houve uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha de 0,3%, em comparação com o ano anterior, e no quarto e último trimestre a economia germânica registou também uma contração de 0,3%, em relação aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2022, à boleia de menor investimento no país. A confirmação foi dada esta semana pelo gabinete de estatísticas Destatis.
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